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Quarta, 23:33...

Terror

- Tchau, tia- ela abraçou minha mãe.

Acabou que nós viemos pra casa da minha mãe, jantamos aqui e agora tamo voltando pra minha casa.

- Vai dormir aqui, ou vai voltar pra casa hoje ainda?- minha mãe perguntou.

- Vou voltar pra casa, tia- falou- trabalho amanhã cedo.

- Ela vai dormir aqui, mãe- falei- e de manhã eu levo ela pro trampo.

Minha mãe riu.

- Boa noite, meus amores- nos abraçou- tchau, norinha.

- Que norinha oq, tia- Eduarda negou com a cabeça.

Ajudei ela a subir na moto, e em poucos minutos estávamos dentro da minha casa.

- Filminhooo- pulou em cima de mim, na cama.

- Coloca aí, minha vida- estendi o controle pra ela.

- Pode ser esse?- perguntou.

Assenti, dando de ombros.

- Tu tá gata pra caralho- passei a mão pelo corpo dela, a puxando pra cima de mim.

- Obrigado- murmurou, desconfiada.

- Fica tranquila, dessa vez eu não vou te machucar- dei um selinho nela.

Mudei nossa posição, ficando por cima.

- Não sei...- recuou.

- Eu juro, se te machucar tu fala que eu paro- dei alguns beijos no seu pescoço, oq fez ela se arrepiar- não fica paradona desse jeito, relaxa- falei.

Ela tava paradona, não tava nem respondendo meus beijos!

- Humrum- murmurou.

- Porra, Eduarda. Se tu não quiser, fala, que eu não faço nada- parei, a olhando. Ela me encarava, com lágrimas nos olhos- tu não quer, né?- recebi seu silêncio como resposta- de boa, não vou te forçar- me afastei, deitando ao seu lado.

- Você promete que não vai me machucar?- perguntou.

- Relaxa, nós não precisa fazer nada. Vem cá- puxei ela pra um abraço.

- Obrigado- falou, deitando com a cabeça no meu peito.

- Vou esperar teu tempo, gatona. Essa parada aí de ficar te forçando, não tá dando certo- falei- não quero te obrigar a transar comigo, sempre que eu quiser.

- Eu tenho medo- murmurou.

- Medo de quê? De mim?- minha boca abriu em um perfeito "o".

Me mexi, claramente incomodado.

- Sim, Terror- falou- de você fazer aquilo comigo de novo.

- É Caíque, Eduarda- a repreendi- e eu não vou fazer aquilo de novo- afirmei.

- E se você enjoar de mim? Oq acontece? Eu morro?- perguntou, me olhando.

- Fecha o olhinho, vamo dormir- mudei de assunto.

Pela primeira vez nesses três meses que eu a conheço, eu não tinha uma resposta pra pergunta dela! Nem eu sabia oq iria acontecer, caso eu enjoasse ou não quisesse mais ela.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora