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Quinta, 06:10...

Terror

- Bora, lindona- chamei, parando na porta do banheiro.

Ela penteava o cabelo, já vestida com o short que ela veio ontem e uma blusa minha, enquanto cantarolava uma música baixinho.

- Humrum- murmurou, sem dar atenção.

- Tá pensando em quê?- abracei ela por trás, dando um beijo no pescoço dela.

- Nada- disfarçou.

A olhei desconfiado.

- Fala logo, Eduarda- falei.

- Não é nada- insistiu.

- Eu tô de boa com tu, Eduarda. Fala logo, pra eu não me estressar- acariciei a cintura dela.

- Você promete que não vai ficar bravo?- perguntou.

Arqueei uma sobrancelha.

- Fala logo.

- É o MK! Olha essas mensagens- mostrou a tela do celular.

Peguei e comecei a ler. Era o mano bêbado se declarando pra ela, áudio chorando e os caralho. Tá é chapando!

Ela não tinha respondido, só visualizou.

- Nem responde, depois eu me resolvo com ele!- falei.

- Não é pra fazer maldade com ele- falou- ele é meu amigo!

- Tu tá de tiração, né, Eduarda?- puxei ela pelo cabelo- tá louca, caralho? Fudeu a noite toda comigo e agora vem defender esse arrombado- coloquei ela de frente pra mim.

- Não tem nada haver, Terror- revirou os olhos.

- Como não, Eduarda? Tá me tirando pra trouxa?- puxei o cabelo dela mais forte.

- Solta, tá machucando!- pediu- eu só não quero que você mate ele, Terror! Para de ser babaca.

Larguei ela, me afastando.

- Se arruma logo aí- falei, saindo do banheiro- nós vai tomar café na padaria!

Fui esperar ela na sala, pra não me estressar mais. Não demorou e ela desceu as escadas.

- Tô com muito sono- bocejou.

- Vai vim dormir comigo de novo hoje?- perguntei.

- Não, eu tenho pai- falou, subindo na minha moto.

Dei risada.

- Sogrinho vai te liberar, relaxa- falei.

Depois de tomar café na padaria, levar a Eduarda na casa dos pais dela, esperar ela colocar a roupa do trampo (fiquei escondido dentro do quarto dela, pq se o DG me visse lá eu tava fudido), e levar ela no trampo, voltei pro meu morro e vim direto pra casa da coroa.

- Ô mãe- entrei gritando- mãee.

- Que foi, fala- saiu da cozinha com uma colher de pau na mão.

- Oq a senhora acha de ter uma nora?- perguntei.

Ela fechou a cara na hora, vindo me bater com a colher de pau.

...


Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora