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Quinta, 19:45...

Eduarda

A praça ficava na esquina da casa deles, então rapidamente eu já estava de frente com ele. Agora, ele estava sozinho, encostado na moto de braços cruzados.

- Sua mãe tá te chamando pra jantar- falei, parando na sua frente.

- Mec- assentiu, sem dar muita atenção.

Quando eu estava quase em casa de novo, ele passou ao meu lado de moto e parou na frente da casa.

- Oq achou da lasanha?- tia Marta perguntou, dando um gole no refrigerante.

- Tá uma delícia- murmurei, levando mais comida a boca.

- Come devagar, a comida não vai fugir, não- Terror riu.

Arregalei os olhos, sem graça.

- Deixa a menina, Caíque- Giovanna empurrou o ombro dele, rindo.

- Sabe, Eduarda, você é uma ótima menina- tia Marta sorriu- uma ótima pretendente, né, Caíque?- o olhou.

Ri, ao ver que ela estava me jogando pra cima do Terror.

- Gosto de vagabunda- ele deu de ombros.

- Essas meninas só querem comer seu dinheiro- tia Marta retrucou.

- Então, gosto assim- riu.

O resto do jantar foi tranquilo, e não demorou pro Eduardo me ligar falando que estava indo me buscar.

- A minha futura nora já vai?- tia Marta perguntou, quando desliguei a ligação com o Eduardo.

- Sou futura nora de ninguém, não- ela riu- e eu já vou, tia. Eduardo tá lá fora me esperando de moto- levantei do sofá, me despedindo.

- Me liga depois- Giovanna falou, acenando.

- Vai vazar?- Terror perguntou, descendo as escadas (ele tinha subido pra ir ao banheiro)

- Sim- assenti.

- Avisa sua mãe que eu vou lá sábado- dona Marta falou.

- Pode deixar, boa noite- saí da casa.

- Te quero mais vindo pra cá não, Eduarda- Eduardo já começou a reclamar, assim que me aproximei dele.

- A tia Marta é legal, e a Giovanna também- subi na moto com sua ajuda- se elas me chamarem, eu vou vim- dei de ombros.

- Terror é perigoso, Eduarda. Se arrisca não- negou com a cabeça, ligando a moto.

- Eu nem falo com ele, Eduardo. Vim só pelas meninas- revirei os olhos.

- Em casa nós conversa- acelerou.

- Vai se fuder, pau no cu- um amigo do Eduardo gritou, assim que passamos de moto.

Eduardo gargalhou, dando dedo pro menino.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora