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Sexta, 20:03...

Letícia

- Arruma meu cabelo?- Eduarda desceu as escadas com um pijama super bonitinho de pônei, que o Diogo deu pra ela.

Ela estava com uma escova e o creme na mão, estendendo pra mim.

- Eu arrumo, bebê do pai- Diogo colocou o Eduardo no tapete, sentando no sofá e puxando ela pro seu colo.

- Eu podia arrumar, mo- ri.

- Eu gosto de cuidar da minha garotinha- beijou a bochecha da Duda, espalhando o creme pelo seu cabelo encaracolado- e você tá com dor, tem que ficar quietinha.

- Eu tô com dor, não morta- bufei.

Ele terminou de arrumar o cabelo dela e levantou, vindo até mim.

- Vem cá, neném- me pegou no colo, subindo as escadas comigo- olha o Eduardo, filha. Só vou dar banho na mãe de vocês, daqui a pouco a gente desce- avisou a Eduarda, que brincava com o Eduardo no tapete da sala.

- Pai, e a janta?- olhou pra ele, que riu.

- Eu pedi pizza, daqui a pouco chega- avisou.

Ele subiu as escadas comigo, indo pro nosso quarto.

- Ai, amor- murmurei, quando deu uma pontada forte no meu útero.

- Tem certeza que não quer ir no médico?- perguntou, me colocando sentada na pia do banheiro.

Ele abriu a torneira da banheira, a colocando pra encher.

- Tenho sim, daqui a pouco a dor passa- avisei.

Tomamos banho de banheira juntos, mas não demoramos muito por causa das crianças.

- Tá melhor?- sussurrou, acariciando meu rosto.

- Não, tá doendo cada vez mais- murmurei.

- Vem, vamo se vestir- me pegou no colo novamente, me tirando da banheira- cuidar muito bem da minha mulher- me deu um beijo rápido, enquanto me enrolava na toalha.

Sorri, enquanto ele me secava.

Depois de me secar, ele me colocou sobre a pia do banheiro e se secou também, enrolando a toalha na própria cintura.

- Vou escolher um pijama bem bonito pra você, tá?- me levou pro quarto, me deitando na cama.

- Quanto mimo- sorri.

- Tu merece muito mais, amor- sorriu pra mim, enquanto mexia nas minhas gavetas.

Ele pegou um baby doll azul de alcinha e uma calcinha preta de tecido, vindo novamente até mim.

- Ai- reclamei, quando me levantei e doeu ainda mais.

- Calma- me ajudou a levantar e me vestiu rapidamente.

Sentei novamente na cama, e ele foi colocar uma roupa também.

- Pai, a pizza chegou- Eduarda gritou do andar de baixo.

- Quer ficar aqui em cima e eu trago as crianças pra comer aqui contigo?- perguntou.

- Não, eu vou descer- avisei.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora