Capítulo 118

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- Para onde a pequena quer ir? -perguntei para Sofia, que me olhou.
- Parquinho, tio -respondeu ela com um sorriso.
Ficamos ali conversando e brincando com Sofia por mais alguns minutos, até a irmã Júlia aparecer.
- E aí, o que ela disse? -perguntou Lívia.
- A madre liberou o passeio, mas com uma condição...
- Qual? -perguntei curioso.
- Trazer a Sofia antes das onze da manhã.
Olhei a hora em meu relógio de pulso e já eram quase 9 da manhã.
- Mas porquê tão cedo? -perguntei e a irmã me olhou um pouco preocupada.
- Está acontecendo alguma coisa, irmã Júlia? -Lívia perguntou.
- Sim...
- O quê?
- O pai da Sofia apareceu. -respondeu ela, soltando o ar dos pulmões em seguida- Ele disse que procurou por ela durante esses anos, pois a intenção dele sempre foi ficar com a menina...
- E? -a incentivei á continuar.
- Ele pediu o teste de DNA e deu positivo. Agora entrou na justiça para conseguir a guarda da Sofia, mas como nós aqui do orfanato cuidamos bem das nossas crianças, conseguimos colher informações sobre esse pai e descobrimos que ele tem mais outros quatro filhos, e descobrimos também que ele faz essas crianças trabalharem.
- Mas se vocês descobriram isso, podem levar para a justiça. Tenho certeza que eles não vão entregar ela para esse pai -respondi, olhando para Sofia, que nesse momento estava abraçada com Lívia.
- Mas o problema seu Luan, é que a justiça só quer saber de arrumar um lar para a criança, até porque para eles seria um fardo á menos, entende? -eu assenti.
- E o que nós podemos fazer para tentar ajudar a Sofia? -Lívia perguntou.
- Nesse momento, a única saída seria encontrar adotantes para ela. Nós poderíamos juntar as provas que o orfanato tem, com pais bons, com uma vida instável e que possa oferecer para ela um lar, educação e tudo o que uma criança tem direito.

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