Capítulo 109

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- Pra que você precisa de gelo? -ela perguntou curiosa, enquanto Luan pegava uma das pedras.
- Abre a mão, Lili -pediu e assim eu fiz. Ele colocou a pedra de gelo em minha mão e fechou a mesma em seguida- Vai doer, eu sei. Mas eu preciso que você se concentre nessa dor, ok? -eu assenti- Apertar o gelo na mão causa dor e se concentrar nessa dor, ajuda a aliviar uma crise de ansiedade -ele explicou para delegada, que assentiu.
Depois de um tempo fazendo o que Luan havia pedido, finalmente me acalmei.
- Como você está se sentindo? -a delegada perguntou, me entregando um copo de água.
- Estou melhor -respondi baixo- Ver e ouvir a voz dele, me trouxeram tantas lembranças horríveis. Desculpas por todo esse transtorno -pedi.
- Você não precisa se desculpar, Lívia -disse ela- Eu entendo o que você passou, sei que foi e que ainda é difícil. Mas, se te confortar um pouco, tudo isso vai passar.
- Eu espero -respondi, respirando fundo em seguida.
- Podemos ir? -Luan perguntou, quando saiu do banheiro.
- Sim. Esse lugar não me deixa nada confortável -confessei.
Nos despedimos da delegada e logo saímos daquele lugar. Entramos no carro e fomos para minha casa o mais rápido possível.

{...}

- Você está bem? -Luan perguntou, ao estacionar o carro em frente a minha casa.
- Sim -respondi breve e o silêncio tomou conta do carro por alguns segundos- Como sabia o que fazer? -perguntei, erguendo o olhar para ele, que me olhou sem entender a pergunta- Como sabia o que fazer para me acalmar, os exercícios sabe?
- Ah, sim -riu fraco- Então, quando eu disse que iria te ajudar, eu não estava brincando Lili. Eu pesquisei muito sobre ansiedade, entrei em contato até com uma psicóloga que o Marcolino me indicou -eu o olhei surpresa- Não precisa se surpreender, eu estou fazendo por você o que eu prometi fazer e será assim sempre.

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