Capítulo 131

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— Sim, a gravação do seu primeiro DVD. Nesse dia você me beijou no camarim pela primeira vez –lembrei.
— Foi depois daquele beijo que eu percebi que o que eu sentia por você era real.
— Eu também, mas morria de medo de estragar nossa amizade –confessei.
— Eu também tinha muito medo. Mas agradeço à Deus por hoje estar com você, mesmo depois de tantos anos, posso dizer que o meu maior sonho está se realizando –disse ele.
— Está se realizando? –perguntei me virando para ele.
— Sim. Ainda vamos casar, adotar a Soso e ter mais alguns guris. –sorriu.
— Mais quantos? –perguntei.
— Mais alguns, uai –riu.
— Oi casal, desculpa atrapalhar mas nós precisamos tirar as fotos com os convidados –Marizete apareceu, para nos chamar.
— Vamos? –ele chamou e eu assenti.
Tiramos fotos com todos e logo depois Luan me puxou para o meio da sala e chamou a atenção de todos que estavam ali.
— Gente, eu gostaria de falar um pouquinho com vocês! –disse ele, fazendo com que todos olhassem para nós– Bom primeiramente eu gostaria de agradecer por essa surpresa linda. Obrigado, de verdade –sorriu– E também queria dizer que todos vocês, que estão presentes aqui hoje são importantes na nossa história –me abraçou pelo ombro– Vocês perceberam esse amor desde o começo, percebiam o ciúmes que nós sentíamos um do outro, todo aquele carinho e sabiam que por trás de toda aquela amizade existia um sentimento ainda maior. Sei que nós fomos muito cabeça dura, pois não ouvimos vocês. Seguimos caminhos diferentes, nos machucamos muito, mas o amor que nós sentimos um pelo outro nunca deixou de existir. Obrigado por sempre nos apoiarem, obrigado por toda a ajuda, por toda a força, vocês são essenciais em nossas vidas e nós amamos muito vocês! –Luan terminou o discurso e o pessoal começou a aplaudir e gritar.

{...}

Estávamos reunidos na sala ainda, Luan e Marcolino cantavam algumas músicas.
— Amiga, vocês já sabem quando vai ser o casamento? –Larissa perguntou chamando minha atenção.
— Queremos casar o mais rápido possível...
— Apressadinhos ein! –ouvi minha mãe dizer e rir em seguida.
— Temos um motivo pra isso, mãe –respondi e ela me olhou sem entender.
— Que motivo é esse? –perguntou Gabriella, curiosa como sempre.
Os meninos acabaram a música e eu fiz sinal para que Luan chegasse mais perto de mim.
— Oi, meu amor –me deu um selinho.
— Vamos contar sobre a Soso? –perguntei e ele assentiu.
— Lívia, você está grávida? –tio Amarildo perguntou, surpreso.
— Não gente, calma! –pedi– Ainda não estou grávida e nem sei se um dia ficarei, na verdade –respirei fundo.
— Tem uma menininha no orfanato da cidade, Sofia o nome dela,–Luan começou a explicar– que ganhou nosso coração –olhou para mim e sorriu– desde então eu e a Lili pensamos em adotá-la.
— Aí que lindoo!! –exclamou Larissa, emocionada.
— Mas como vocês conheceram essa menina? Quantos anos ela tem? –perguntou tia Mari.
— Algumas crianças que moram no orfanato tem bolsa de estudos lá na escola. À um tempo atrás o orfanato passou por dificuldades que estavam ameaçando a aprendizagem das crianças, então a Lari me falou sobre e eu fui lá visitar –expliquei– Foi a primeira vez que eu vi a Soso e logo de cara me apaixonei por ela e senti que precisava fazer alguma coisa por aquela menininha.
— Foi aí que a Lívia me ligou e perguntou se eu pudia ajudar o orfanato, eu disse que sim e que queria conhecer o local. Quando ela me levou e eu conheci a Sofia também me apaixonei por ela e senti que precisava ajudar aquela criança. –contou– À algumas semanas atrás a irmã Júlia nos contou que o pai dela havia reaparecido e que estava querendo pegar a filha de volta, mas que ele não era uma boa influência.
— Foi quando eu disse que queria adotar ela e o Luan se prontificou a me ajudar, dizendo que adotaria ela comigo.

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