Capítulo 05

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— Rafa, volta para a terra! -ouvi Lívia dizer, enquanto estalava os dedos em minha frente.
— Ai, meu Deus! -sai do transe e sorri para ela.
— No que estava pensando? -perguntou ela.
— Nada demais -levei uma das mãos ao pescoço e cocei a nuca- Vem me dar um abraço -abri os braços em seguida e Lívia me abraçou.
Apertei minha amiga em meus braços, enquanto apoiava minha cabeça em seu ombro. Pude sentir aquele cheiro maravilhoso que só ela tinha, deixei um sorriso bobo escapar.
— Que Deus te acompanhe e que dê tudo certo! Saiba que eu sempre vou estar aqui te apoiando. Te amo Rafa! –disse ela enquanto nos abraçavamos.

| Lívia|

— Obrigado por sempre estar aqui, Lili. Eu também te amo – meu amigo agradeceu e nós nos soltamos do abraço– Vou me despedir dos outros –avisou e eu assenti.
Fiquei ali, observando Luan abraçar as outras pessoas e pensando no quanto eu estava feliz em vê-lo realizar seus sonhos. Ele merecia tudo o que estava vivendo.
Deixei os pensamentos de lado quando ouvi meu celular tocar, era Larissa.
— Oi, Lari –falei assim que atendi.
— Oi, amiga mais linda desse mundo –disse ela, carinhosa.
— Qual o golpe da vez? –perguntei, fazendo Larissa soltar uma risada do outro lado da linha.
— Não posso te elogiar, é isso? –perguntou ela.
— Geralmente, você só é carinhosa assim quando quer alguma coisa –soltei uma risada abafada.
— Nossa, assim você me ofende! –ela exclamou– Está em casa? –perguntou.
— Não. Estou na casa do Luan, viemos almoçar aqui e nos despedir dele –retruquei.
— Ah, então nos falamos amanhã na faculdade. Você pode me dar uma carona? –perguntou ela– O carro do meu pai quebrou e eu não estou nem um pouco afim de ir andando –disse divertida.
— Tudo bem. Às sete e meia eu estou passando ai. Esteja pronta e nada de atrasos! –ordenei.
— Tudo bem. Obrigada, te amooo! –retrucou e desligou.
— Lívia? –ouvi tia Marizete me chamar– Luan já está indo, vamos leva-lo até o carro. Você vai?
— Ah, sim, claro. –sorri e acompanhei tia Marizete até o lado de fora da casa.
— Tchau gente. Torçam por mim –Luan se despediu, entrando no carro.
— Tchau Luan, boa sorte! –respondemos quase em uníssono.
Tio Amarildo ligou o motor do carro e saiu em direção ao centro da cidade, para pegar a rodovia principal.
Voltamos para dentro e depois de muita conversa resolvemos ir embora.

Na sexta-feira parei o carro em frente a casa de Larissa, buzinando três vezes. Depois de 2 minutos vi minha amiga sair pela porta e vir em direção ao meu carro.
— Dessa vez eu não me atrasei –disse ela enquanto abria a porta do carona– Precisei acordar bem mais cedo que o normal, mas tudo bem –sorriu, e se acomodou, colocando o cinto de segurança em seguida.
— Graças à Deus –exclamei divertida– Vamos? –ela assentiu.
Liguei o motor do carro e disparei em direção à faculdade.
Quando chegamos, nos deparamos com uma grande aglomeração em frente a porta principal.
— O que está acontecendo? –perguntei curiosa.
— Estão falando sobre a festa que vai acontecer hoje à noite. Aquela que eu te falei –Larissa lembrou.
— Ah, sim. A festa dos calouros –falei desanimada.
— Nós vamos, não é? –perguntou animada e eu a olhei.– Por favor, Lívia.–pediu.
— Tudo bem. –acabei cedendo– Mas não vou ficar até tarde. Fiquei de ajudar minha tia com o estoque da loja –avisei.
— Não seja por isso. Voltaremos antes da meia-noite, Cinderela –disse Larissa, fazendo com que nós duas ríssemos.

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