Capítulo 28

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— Lunático é coisa de doido –Luan respondeu, me fazendo rir também.
— Que tal, Luanetes? –perguntei e eles logo concordaram.
— Vai lá Luan, suas Luanetes estão aqui para te apoiar –disse Bruna, levando a sério a história de ser Luanete."

Sorri ao lembrar do primeiro show do meu melhor amigo e logo levantei da cama, fui direto para o banheiro tomar um banho. Quando acabei me arrumei rapidamente, peguei uma bolsa e coloquei uma pequena muda de roupa dentro.
Saí do quarto e desci, encontrei minha mãe na sala e avisei que iria para casa de tia Marizete.
Eu precisava aproveitar as últimas horas do meu amigo aqui em Campo Grande.
Peguei meu carro e fui em direção à casa de Luan.

{...}

— Lívia, que surpresa você por aqui –disse tia Marizete, ao abrir a porta.
— Oi tia! –a cumprimentei e entrei– O Luan está em casa?
— Está sim, lá em cima –respondeu enquanto fechava a porta– Pode subir –assenti e saí.
Caminhei em direção à escada, subindo os degraus em seguida. Ao chegar no andar de cima, caminhei até o final do corredor e pude ver a porta do quarto de Luan entreaberta. Podia ouvir ele tocando violão e cantando.
Quando me aproximei, dei duas batidas na porta e coloquei somente a minha cabeça para dentro do quarto.
— Oi! –sorri quando ele me olhou– Posso entrar? –perguntei.
— Lili! –Luan sorriu, largando o violão em cima da cama– Mas é claro que sim –levantou da cama enquanto eu entrava em seu quarto.
Ele caminhou até mim e me abraçou apertado. Ah, como eu amava aquele abraço.
— Eu vou sentir tanta falta desse abraço –falei, fazendo bico quando ele me soltou.
— Eu também vou sentir falta Lili, não só do seu abraço, mas de você –eu sorri– Pensei que só viria à tarde.
— Achou mesmo que eu iria ficar longe de você no seu último dia na cidade? –perguntei e ele negou com a cabeça– Ainda bem que me conhece, Luan Rafael.
Tirei minha mochila e joguei em cima de uma poltrona que existia ali.
Luan voltou para cama e pegou o violão outra vez.
Caminhei até a cama e me sentei ao lado do meu melhor amigo.
— O que estava tocando? –perguntei curiosa.
— Estava cantando as músicas que gravei no DVD. Ensaiando, já que tenho show daqui à dois dias –explicou e eu assenti.
— Então pode continuar, porque eu amo te ver cantar –falei e ele sorriu.
— Qual a sua preferida? –ele perguntou.
— Sempre com você –respondi rapidamente.
Luan dedilhou o violão e começou a cantar.
— E eu que achava que, a vida fosse só uma viagem,
Que o mundo tinha me esquecido.
E eu que achava que o amor não existia pra todo mundo
Que era coisa de cinema.
Aí você apareceu
Com um olhar me convenceu.
Anjo de asas coloridas
Amor além da vida!
Eu não resisti a tanto amor
O meu coração se entregou
E venha o que vier eu vou estar
Pra sempre com você!
— Essa música é tão linda, Luan! –exclamei, enxugando uma lágrima que rolava pelo meu rosto.
— Ela fica mais linda ainda, quando vejo a galera cantando nos shows.
— Antes de vir para cá eu estava lembrando de uma coisa...
— De quê? –perguntou curioso.
— Do seu primeiro show. De como você estava nervoso e –acrescentei– de como surgiu o nome "Luanetes" –ele riu.
— Se dependesse da Pi, vocês seriam as Lunáticas.
— Um nome péssimo –ri– É lindo ver que elas aderiram ao nome que nós inventamos a alguns anos atrás –falei, me sentindo muito feliz.
— Elas são incríveis Lili, o amor que elas sentem, o jeito que elas me tratam... É incrível –ele falava e eu pudia ver o brilho em seu olhar.

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