Capítulo 04

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— Exatamente! As aulas mal começaram, e é por esse motivo que nós temos que ir à essa festa. Por que quando as aulas realmente começarem, só Deus sabe quando vamos poder ir em uma outra vez.
— Aí, Larissa, eu vou pensar! –falei, tentando não prolongar o assunto.
Eu realmente não estava afim de sair, ultimamente preferia mil vezes a paz do meu quarto do que um som alto tocando músicas ruins.
Fomos para casa e passamos o resto do dia juntas, conversando sobre tudo, enquanto as meninas faziam o dever de casa.

No dia seguinte, acordei com minha mãe batendo na porta do meu quarto.
— Já estou indo –avisei, enquanto pegava meu óculos em cima do criado mudo.
Coloquei o óculos, calcei meus chinelos e fui em direção à porta, abrindo a mesma.
— Aconteceu alguma coisa? –perguntei para minha mãe.
— Não, filha. Só vim te chamar para ir almoçar na casa da sua tia –explicou.
— Que horas são? Acho que dormi demais. –perguntei meio perdida. Me permiti dormir até tarde, já que não tive aula.
— Quase onze e meia –minha mãe respondeu, depois de olhar a hora em seu relógio de pulso.
— Meu Deus! –exclamei– Vou tomar banho e me arrumar.
— Tudo bem, estamos te esperando lá embaixo –eu assenti e fechei a porta em seguida.
Corri em direção ao banheiro, tirando o pijama e entrando no box para tomar um banho rápido.
Após o banho, vesti uma roupa leve e resolvi deixar o cabelo solto. Calcei uma rasteirinha, passei perfume, peguei meu celular e desci.
Minha mãe e meus avós me esperavam na sala.
— Cadê a Gabi? –perguntei, sentindo falta da minha irmã.
— Já está lá. Voltou do colégio com a Bruna. –explicou e eu assenti– Vamos?
— Sim.
Saímos em direção ao carro e depois de entrarmos no mesmo, seguimos para casa de Tia Marizete.
|Luan|

Eu estava muito ansioso com a apresentação de hoje. Alguns produtores iriam até lá para me ver, e essa seria a minha chance de finalmente começar minha carreira como cantor.
— Posso entrar? –ouvi a voz da minha melhor amiga e me virei para olha-la.
Lívia estava parada na porta do meu quarto, sorrindo para mim. Ela estava linda, como sempre.
— Deve –devolvi o sorriso e voltei a me olhar no espelho, arrumando meu cabelo.
— Como você está se sentindo? –ela perguntou.
— Ansioso, mas confiante –confessei.
— Sabe Rafa, ainda vou ver você estourar por esse Brasil á fora. Deixando de ser "o gurizinho" e virando o "Luan Santana". –olhei pelo espelho e pude ver minha amiga vindo em minha direção, então me virei para encara-la.
— Obrigado por sempre me apoiar Lili –agradeci e beijei sua testa.
— Amigos servem para isso, não é mesmo? –disse ela, dando um passo para trás e eu assenti– Vamos descer, o pessoal está te esperando para almoçar. –ela chamou.
— Vamos.
Lívia girou em direção a porta e caminhou para fora do quarto, fiz o mesmo.

Após o almoço fui para o meu quarto outra vez, pegar minha mala. Não precisava levar tanta coisa, eu ficaria apenas um dia fora de casa.
Quando retornei para a sala, encontrei minha família reunida, enquanto conversavam.
Lívia tinha um sorriso lindo no rosto enquanto conversava com minha mãe. Acabei parando onde estava para observa-la.
Ela mudou tanto. Antes era apenas uma menininha frágil e indefesa, hoje com seus 18 anos está se tornando uma mulher incrível e muito linda.
As vezes me pego pensando, "e se ela não fosse minha melhor amiga? Será que dariamos certo juntos?", mas logo espanto esses pensamentos, pois sei que não é certo. Apesar de sentir muito mais do que um amor de amigo, sei que isso estragaria nossa amizade. Então, prefiro guardar para mim mesmo esse sentimento.

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