Voar Outra Vez

Capítulo 138

• UMA SEMANA DEPOIS •

O dia do nosso casamento no Civil havia chegado e com ele a esperança de adotar Sofia o mais rápido possível.
Eu estava nervosa, apesar de já ter vivido essa experiência de casamento, dessa vez era muito diferente. Eu estava prestes a me casar com o amor da minha vida e viver feliz o resto das nossas vidas.
— Filha, você já está pronta? –minha mãe perguntou, entrando em meu quarto.
— Sim, mãe –sorri para ela.
— Uau, que linda! –caminhou até mim e me abraçou– Estou tão feliz por você, por estar vivendo tudo o que sempre sonhou, com a pessoa que você sempre amou.
— Eu também estou muito feliz, mãe. Feliz de mais, na verdade! –sorri, tentando segurar as lágrimas.
— Não chora meu amor, vai estragar a maquiagem –riu– O Luan já está lá embaixo, te esperando?
— Sério? –ela assentiu– Como ele está?
— Está lindo –respondeu minha mãe, sorrindo– Vamos? –eu assenti e nós saímos do meu quarto.
Apesar de ser o casamento no Civil, precisávamos dos nossos pais lá como testemunhas e também chamamos Marcolino e Larissa.
— Acho que vou casar com uma princesa –disse Luan ao me ver, me deixando envergonhada.
— Para! –pedi manhosa.
— Eu faço elogios para ela á vida toda e ela ainda não se acostumou –riu– Fica tão linda com vergonha –me abraçou.
— Obrigada meu amor –agradeci e ele me deu um selinho.
— Estão prontos? –perguntou ao me soltar.
— Sim –meu pai respondeu– Seus pais já foram? –Luan assentiu– Então é melhor nós irmos também.
Saímos de casa e fomos em direção ao carro de Luan, pois decidimos ir todos juntos.
— Vocês vão para casa nova hoje? –minha mãe perguntou durante o caminho até o cartório.
— Sim. Nosso quarto já está pronto e os móveis da cozinha já chegaram, então acho que não tem problema nós irmos para lá hoje, não é? –Luan perguntou para mim.
— Problema nenhum –sorri para ele.
— E quando vão terminar de mobiliar? –perguntou meu pai, muito curioso.
— Acredito que antes do casamento na igreja, tio.

— Mas e a lua de mel? –perguntou minha mãe.
— Só depois do casamento na igreja, mãe. O Luan vai tirar alguns dias de férias e nós vamos viajar pro nordeste –expliquei.
— Pensei que sairiam do país –disse meu pai.
— Quem sabe nas férias de fim de ano, quando a família estiver completa, não é amor? –Luan perguntou e eu assenti– Chegamos! –exclamou animado.
— Tá ansioso pra casar, né rapaz –disse meu pai, rindo em seguida.
— Esperei por isso tanto tempo...
Olhei para Luan, que disse isso enquanto estacionava o carro e sorri.
Só conseguia agradecer à Deus mentalmente por estar vivendo tudo aquilo.
Descemos do carro e entramos no cartório, onde tia Mari e tio Amarildo já nos esperavam.
— Cadê o Marcolino e a Larissa? –Luan perguntou.
— Não sei, eles combinaram de vir juntos. Liga pra ele –falei para Luan que assentou e tirou o celular do bolso em seguida.
Ele discou o número do melhor amigo e ligou em seguida. Após alguns segundos, Marcolino atendeu.
— Onde vocês estão? –perguntou– Puta que pariu, ein! –exclamou Luan. Ele parecia preocupado– Onde vocês estão? –esperou a resposta– Beleza então, já chego ai –desligou.
— O que aconteceu? –perguntei preocupada.
— O pneu do carro dele furou à umas duas quadras daqui –explicou– Vou buscar os dois, aí quando a gente sair daqui eu ajudo ele com o pneu.
— Tá bom, vai rápido! –falei para Luan, que logo saiu do cartório.
— Onde ele foi? Vocês são os próximos –disse tia Mari.
— Pneu do carro do Marcolino furou aqui perto, Luan foi buscar ele e a Lari –expliquei.
— Vou pedir pro Amarildo conversar com o rapaz, para atrasar alguns minutinhos.
— Ótimo, tia! Obrigada –agradeci sorrindo e ela saiu, voltando para perto de meu tio.