Voar Outra Vez

Capítulo 12

— Esperei eles falarem com você primeiro –falei, com um sorriso sem graça– Quero te desejar boa sorte! –sorri e cheguei mais perto dele– Hoje é o seu dia, o dia que você tanto sonhou, o dia que a realização do seu maior sonho vai acontecer –acrescentei– A partir de hoje o seu nome vai ser muito conhecido pelo Brasil e você sabe que eu vou estar aqui com você para sempre, não sabe? –ele assentiu– Então, não deixe que nada te desconcentre. –pedi– As músicas estão lindas, você é um cantor incrível e vai dar tudo certo. –abracei ele.
— E se eu ficar nervoso e não conseguir? –perguntou preocupado, enquanto estavamos abraçados.
— A gente faz o que combinamos lá em casa, aquele dia. –lembrei ele– Você olha para o camarote. Nós vamos estar lá torcendo por você, eu principalmente. –me soltei dele e olhei para seu rosto vendo o sorriso enorme que tinha em seus lábios– Eu amo você e te desejo toda sorte do mundo.
— Também te amo, Lili –sorriu– Obrigado –agradeceu e me abraçou outra vez.
—Preciso ir e você precisa aquecer –falei me soltando dele outra vez– Tchau –fui beijar sua bochecha mas ele virou o rosto para me falar algo e o beijo acabou pegando em sua boca. Na verdade foi só um selinho.
Me afastei rapidamente e olhei assustada para o mesmo.
— Des... Desculpa Luan –Falei, um pouco assustada– Você virou o rosto e... –não consegui terminar a frase. Ele me beijou, me pegando de surpresa.
Depois de alguns minutos ouvimos alguém mexer na porta e nos soltamos como se nada tivesse acontecido.
— Luan, oito minutos – Dessa vez era meu tio, que avisou e Luan apenas assentiu.
— Lívia, me perdoa. Eu fiz isso por impulso... –tentou se explicar, mas acabou piorando. Impulso? Sério isso?
— Isso não devia ter acontecido –respondi– Eu preciso ir –falei saindo do camarim.
— Lívia! –ouvi ele chamar mas não voltei.

Fui para o camarote com nossa família e nos acomodamos lá. Eu estava impressionada com o tanto de gente. Lotaram o parque.
Anunciaram que o show iria começar e logo a introdução. As pessoas gritavam e eu estava nervosa.
Quando começou a tocar meteoro e Luan entrou no palco, percebi que ele se assustou com a quantidade de pessoas e soltei uma risada.
Logo ele começou a cantar a música e olhou para o camarote. Ele estava nervoso.
Olhei para ele e fiz um sinal com as mãos para que ele se acalmasse, ele sorriu e continuou a cantar.
— Lari, eu preciso te contar uma coisa. –falei no ouvido dela, que cantarolava a música.
— Fofoca? Amo! –exclamou me fazendo rir– Mas primeiro, vamos ao banheiro comigo? –chamou.
— Lá em baixo? –ela assentiu– Tudo bem, vamos.
Avisei aos meus pais que iria ao banheiro com Larissa e eles me pediram para comprar uma água para Gabriella.
Larissa e eu descemos e fomos em direção ao banheiro. Chegando lá, minha amiga entrou em uma das cabines e eu me encostei na parede do lado de fora.
— Pode começar a falar –disse Larissa, de dentro da cabine.
— Eu e o Luan nos beijamos –falei de uma vez.
— Como assim vocês se beijaram? Meu Deus Lívia! –Larissa perguntou, eufórica dentro da cabine e eu logo ouvi o barulho da descarga.
— Fui desejar boa sorte, como todos fizeram antes de ir para o camarote. Quando eu ia dar um beijo no rosto do Luan, ele virou para me falar alguma coisa e o beijo acabou pegando na boca –expliquei.