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Kiara

Parece que voltei as festas do campus, quando ainda fazia faculdade. Há pessoas pra todos os lados bebendo, dançando e quase transando na sala da antiga fraternidade que hoje é uma casa para alugar.

Ando pelas pessoas com a mão de Jj em meu ombro, ele não o toca, só não permite que pessoas batam nele.

— Olha aí o Maybank! - Pope diz assim que percebe o amigo no meio dessas pessoas.

— Fala irmão, quanto tempo.

Ambos se cumprimentam em um toque de amigos, qual fazem desde pequenos.

— Kie, o quê houve com você? — ele questiona ao ver meu braço fora do casaco, envolvido pela tipoia.

— Eu fui descuidada e quase fui atropelada, seu amigo me ajudou. Bati o ombro no chão e agora uso isso. - Aponto para a tipoia.

— Quê chato, espero que fique bem logo. - O mesmo responde.

— Eu vou.

— Bom, se sintam a vontade, tem bebidas na geladeira. - Pope avisa.

— Lamento acabar com sua alegria, eu estou tomando remédios então nada de bebidas. E seu amigo não me deixaria nem que me escondesse.

— Não tem problema, tem refrigerante pois a Cléo também não pode beber, ela tem exames pra fazer e não pode beber nada com álcool. - ele explica.

— Coitada da minha amiga, ela gosta tanto de beber e tirar você do sério.

— Vai brincando, a carinha bonitinha e o jeito fofo enganam. Ela é terrível Kie.

— Eu sei.

— Bom, se sintam a vontade, eu vou procurar minha namorada.

Assim que Pope se vai, vasculho o local em busca de uma das minhas amigas mas me lembro que todas estão comprometidas e não estarão sozinhas, se as encontrarem.

Merda.

— Não se preocupe Maybank, eu sei me virar, pode curtir a festa.

— Eu já disse, não saio do seu lado.

— Se quer ser meu amigo precisa ter confiança em mim.

— Nesse estado, com sua mãe sendo internada, e você tendo que morar comigo? Nem fudendo.

— Essa frase é minha.

— Não tem seu nome nela.

— Isso que dá, a convivência.

— O quê quer fazer? — ele questiona ao pegar um copo de um drink sem álcool.

— Você não vai beber?

— Não seria babaca de fazer isso com você.

— Sei que quer beber, então beba.

— Eu não sou assim. Vamos beber algo sem álcool, só espero não ser aquelas bebidas coreanas que sua amiga bebe, elas são horríveis.

Dou risada mas concordo, elas são péssimas, mas ela gosta. Jj pega dois copos e serve alguma bebida sem álcool nos copos e me dá um, brindamos e viro a bebida, ela tem gosto de cereja, é doce e não desce ardendo na minha garganta.

— Achei que seria horrível.

— Eu também, nunca bebi isso aqui antes mas sei que não tem álcool. —Afirma.

— Por isso você nunca bebeu. — Nós dois rimos

— Tem razão.

— Não deveríamos sentar e conversar sobre as regras? — Questiono ao me encostar na ilha da cozinha.

Stupid Love - JiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora