Stupid Love - Jiara

041

Kiara

Um belo vestido, um sapato a altura, um perfume marcante e uma imensa vontade de sair correndo de tudo isso.

Sim, eu estou apreensiva.

Não sei o motivo mas acho que foi o pós Jj Maybank nu na minha frente.

Isso deveria ser comum, pois já vi caras nus na minha frente... mas o cara em questão é ele, o cara que está mexendo com a porra do meus pensamentos.

Vamos lá Kie, você já está pronta há cinco minutos, saia desse quarto.

Estou sentada na minha cama, com minha perna impaciente, batendo o salto no carpete do quarto até que ouço duas batidas na porta e logo um "posso entrar?"

- Está destrancada. - Aviso.

A porta se abre lentamente, como se ele se certificasse de que estou vestida.

- Está pronta? - Ele questiona ao meu olhar brevemente dos pés a cabeça em uma fração de segundos.

- Estou.

Queria ter certeza em minhas palavras.

Seguimos até a sala onde Jj pegou as chaves do carro e seguimos até o elevador em silêncio.

Durante um minuto, qual foi o tempo que o elevador levou até o estacionamento foi como um desafio pra mim. Tentei não olhá-lo pelo reflexo do espelho mais não deu certo.

Porra, tinha que estar assim? Tão...

Grrrr, droga!

As portas se abrem revelando os carros estacionados na garagem subterrânea do prédio. O som do carro sendo destravado e a luz vermelha dos faróis são a única coisa que vejo no lugar silencioso, logo depois o barulho dos meus saltos a caminho do carro.

Assim que entro no veículo percebo que deixei algumas roupas aqui, não sei ao certo de onde vieram mas chuto ter pegado da casa de Sarah já que quando fui passar uns dias lá, acabei deixando coisas pra trás.

- Não vou mentir pra você... estou meio nervoso com isso. - Ele diz, retirando o carro da vaga.

- Eu também, por coisa boba.

- Quando estamos perto de quem gostamos tudo se torna nervosismo.

Merda.

Jj por favor você está piorando.

- Eu queria ter palavras pra isso... desculpa. - Levo as mãos sobre minhas pernas, sentindo meu rosto começar a esquentar.

- Está tudo bem... - Ele diz, ao levar sua mão sobre a minha, que acaba tocando a parte interna da minha coxa.

- Eu sei que você espera algo de mim.

- Eu sou paciente. - Ele afirma.

- Obrigada por isso.

- Não precisa agradecer Kie.

- Talvez eu precise. Ninguém jamais fez o que você está fazendo comigo. Todo mundo iria me apontar o dedo e me julgar sem saber, mas você não, você foi paciente, me ajudou quando achei que não tinha mais com quem contar. Pode parecer rotineiro pois falo isso sempre, mas obrigada por ver que eu ainda tenho chances.

- Todos nós temos, só precisamos de pessoas que acreditem em nós.

- Então, vai me dizer onde vamos dessa vez? Ou terei que me contentar com charadas e pistas pela cidade?

- Vamos no restaurante do meu amigo, ele se mudou da Espanha a pouco tempo, veio em busca de clientes para seu novo negócio.

- Sua faixa de amigos é bem seletiva não é? Você não tem um amigo que sei lá, seja um funcionário como qualquer outro? Que não tenha tanta influência assim? Me sinto desconectada desses assuntos.