Stupid Love - Jiara

060

Kiara

Com a ajuda de Jj, subi na escada de madeira envelhecida, as paredes já desgascadas, os desenhos nela quase desaparecendo.

Depois do café da manhã, Marly nos fez prometer que ficaríamos para o almoço, não poderia dizer não a ela.

Enquanto andamos pelo jardim, avisto a velha casa da árvore.

— Quer ir até lá? - Jj questiona. — Eu senti tanta falta dela.

— Boa lembranças nasceram ali.

— Ótimas lembranças. Vem, vamos entrar.

O mesmo pega minha mão e me puxa para a escada envelhecida, me ajuda a subir logo em seguida, cuidando para não cair.

— Ainda conseguimos ficar de pé aqui. — Afirmo animada quando me estabilizo.

— Graças a mim, que pedi pro meu pai fazer essa tirolesa mais alta, minha desculpa era porquê eu viria até depois de adulto, e se fosse baixo não conseguiria subir.

— E você tinha razão.

— Lembra disso? - Jj questiona ao apontar para os riscos na madeira.

— Brincávamos de várias brincadeiras aqui, essa casa está toda riscada.

— Eu adorava fazer bigodes no Jonh b, ele sempre dormia primeiro nas festas do pijama aqui. — Jj lembra.

— Um dia você não sabia que a caneta era permanente e...

— Jonh b foi pra escola por uma semana com um bigode.

Dou risada ao lembrar de Jonh b adentrando a escola com dois riscos a cima do lábio superior.

— Vocês eram impossíveis...

— A gente? — Jj questiona, apontando pra si mesmo. — Vocês duas eram santas!

— Só nos vingamos daquela garota insuportável.

— Taylor era esnobe, só pelo fato do pai dela ser empresário e estar viajando pelo mundo inteiro...

a quantidade de chifres que sua mãe tinha era maior do que a quantidade de bonecas que ela tinha e se gabava no primário.

— Coitada da mãe dela, apesar de ter uma filha daquelas, era uma boa pessoa.

— Vem, vamos entrar. - Jj pega em minha mão, me trazendo para dentro da pequena casa.

Nos sentamos no chão enquanto observo as paredes com rabiscos e também mensagens com uma letra mais cursiva, mais de adolescente.

— Não venho aqui desde que saí de casa. — revela, passando suas mãos pela parede ao seu lado.

— Você vinha frequentemente?

— As vezes... quando vinha fica vendo aquilo ali. - Ele aponta para o "recado" que deixei na parede. — Gostava de ler o que estava escrito nele.

— Eu achei fofo quando você assinou meu gesso na sétima série. Você fez um coração bem pequeno ao lado do seu nome, nem dava pra entender direito que aquilo significava.

— Mas você sabia.

— Sim, eu sabia o que era.

Jj pega em minha mão, me fazendo sentar em seu colo, com as pernas ao lado do seu corpo.

O mesmo afasta alguns fios do meu cabelo que estavam em meu ombro, deslizando seus dedos pelo local.

— Quando eu era moleque, imaginava que meu primeiro beijo seria você. — Ele confessa, ainda encarando sua mão deslizando suavemente pelo meu ombro.