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As pessoas estão ovacionando meu nome, quer dizer, como sou conhecido aqui enquanto estou parado na linha de largada.

— Liguem os motores! — A voz do microfone pedi e ouço todos os carros e seus motores a todo vapor.

Uma placa conta em contagem regressiva de três a um enquanto troco de marcha, ansioso esperando a largada.

O sinal verde ativa e todos os corredores aceleram.

A famosa Porche que todos odeiam tenta me ultrapassar de qualquer forma, não para ganhar mas por birra, só para que eu não chegue em primeiro novamente.

O filho do dono as vezes corre conosco, não por causa do dinheiro, ele só é um filho de papai mimado que gosta de desafiar os concorrentes e se ganha, pega o dinheiro e gasta em boates e motéis pela cidade.

Ele está na minha frente.

Estou em quarto lugar agora, tentando ultrapassagem mas o desgraçado não deixa, impede de todas as formas que o ultrapasse, e isso está me irritando.

Fico ao seu lado, com os retrovisores quase colados, no mesmo ritmo que ele. Quando vejo uma pequena abertura nas grades de proteção jogo meu carro para cima do dele mas antes que minha ideia seja feita com sucesso, O desgraçado bate no meu carro, me fazendo perder o controle.

O carro gira na estrada de barro seco, fazendo uma nuvem de fumaça cobrir meu carro e por alguns segundos achei que capotaria, mas o carro é pesado e só bateu na mureta de proteção.

Acabei batendo a cabeça e um zumbido chato, seguido de um barulho estranho surge, como se uma ou mais abelhas voassem em torno dos meus ouvidos.

— Hey Maybank, você está bem cara? — Billy, um amigo que fiz quando entrei pro negócio questiona.

— Eu tô, só estou meio zonzo e com os ouvidos zunindo.

— Vem, acho que aquele desgraçado cortou o escapamento e também furou o armazenamento de combustível, está vazando gasolina lá atrás. - O mesmo informa abrindo meu cinto em X, me ajudando a sair do carro.

— Valeu irmão.

— Valeu nada, você deveria parar com essas corridas. — Diz ao colocar meu braço em seu pescoço, me ajudando a sair da pista.

— Elas dão uma boa grana irmão e eu estou inteiro.

— Até quando?

— Não enche Billy, eu vou continuar. Haverá uma corrida com um prêmio alto daqui alguns dias, são cinquenta mil dolares.

— E sua vida vale quanto Maybank? - Questiona ao me ajudar a sentar em uma das cadeiras.

— Ela tanto faz tanto fez irmão.

— Não diz isso, você tem mãe?

— Claro, acha que vim do que? Teletransporte da cegonha?

— Idiota, você bateu a cabeça, parece aéreo, meio desorientado. Vou levar você pro hospital.

— Você já sabe que eu não vou a hospitais.

— Vi você entrar com alguém esses dias, estava levando o Lorenzo pro hospital e vi você e uma garota, morena, gostosa. Ela parecia ter machucado o ombro.

— Que visão técnica, e olha a boca moleque.

— É sua garota?

— Não.

— Sua prima? —Nego. — Sua irmã adotada? —Nego novamente. — Sua buceta amiga?

— Não, eu divido o apartamento com ela.

Stupid Love - JiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora