085 - Último capítulo

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Um ano depois...

Jj

Saio do banheiro secando meus cabelos com uma toalha quando me deparo com a melhor cena que alguém pode ver.

Há um ano atrás, prometemos que voltaríamos a Paris, para termos um tempo pra gente depois de tudo que se agitou em nossa vida.

Quer saber o que aconteceu durante esses trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas? É só pesquisar na Internet ou em um site qualquer de fofoca.

"O casal sensação do momento!"

"Kiara Carrera e Jj Maybank, os mais queridinhos dos autódromos estarão de volta a cidade do amor um ano após anunciarem sua estreia ao mundo das corridas."

"O casal nos concedeu uma entrevista, e nós não podemos deixar de perguntar sobre o futuro, o galã das pistas nos disse que falar sobre o futuro é como contar um spoiler do filme que você irá ver nos cinemas. Só deixou no ar o que nós tô queremos saber: O pedido de noivado vem aí? Os reis das pistas estão concretizando seu relacionamento para a eternidade?"

"Isso eles não revelaram, mas deixaram os fãs imaginarem."

- Esses sites só falam baboseiras. - Kiara diz ao deixar o Tablet ao seu lado na cama.

- Só são fãs curiosos com a vida de pessoas públicas.

- Você sente saudade de ser... invisível? - questiona, deitada de bruços, virada para a enorme parede de vidro que estampa a Torre Eiffel ao fundo.

E uma bela Visão principalmente quando sua amada está nua, somente com um lençol cobrindo seu corpo.

Acho que estávamos tão empolgados por estarmos de volta a Paris que exageramos na comemoração e tivemos uma noite tipica nossa.

- De ser invisível não, mas de ter um pouco, nem que seja um micro minuto de privacidade eu sinto falta.

- Você é o cara mais cobiçado do mundo automobilístico, quer o quê? - A mesma questiona ao deitar de barriga pra cima, segurando o lençol em seu corpo.

Me sento ao seu lado, pegando a barra do lençol, o puxando para baixo.

- Você também é a mulher mais cobiçada do mundo automobilístico, por ser a primeira a ser reconhecida mundialmente.

Desço meu dedo, puxando o lençol suavemente para baixo revelando seus seios nus.

- Não deveríamos ter transado ontem a noite, estávamos cansados.

- Justamente por estarmos cansados tínhamos que transar, melhorar nossa circulação sanguínea.

- Você sempre tem um motivo para isso não é?

- É errado querer transar com a minha noiva?

- Não, não é. E você não acha um tanto estranho se referir a mim como sua noiva?

- Não, eu já pensava nisso antes de comprar esse anel, e dessa vez pedindo você em casamento.

- Pronto pra viver o resto da sua vida comigo?

- Eu já nasci pronto. Já me certifiquei e nossa casa está quase pronta. - Afirmo ao colocar uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

- Foi uma ótima ideia criarmos raízes na Espanha, durante esse um ano, nós só vivemos em apartamentos e hotéis.

- Nossa vida se tornou corrida, atípica para nós. Ainda bem que trabalhamos juntos e podemos nos ver sempre, pois se não fosse isso, eu surtaria se ficasse muito tempo sem você.

A mesma sorri, se sentando sobre o colchão, segurando o lençol em seu corpo.

- À nona adorou você. - Digo ao lembrar como ela falou bem da Kie.

- E eu adorei ela.

- Ela é como minha segunda mãe, cuidou de mim quando fazia faculdade na Espanha, ficou tão feliz quando soube que vou me casar com você.

- Ela é uma amor.

- O quê acha de saírmos pra andar um pouco? - Questiono acariciando seu rosto.

- Acho uma ótima ideia, é sempre bom andar por Paris.

Kiara com preguiça levanta e segue até o banheiro com o lençol envolto ao seu corpo e me pego sorrindo com a cena, pelo lençol ser duas vezes maior que ela.

Ando até a varanda e observo a visão da cobertura do prédio mais alto de Paris, ao fundo a Torre Eiffel e pessoas ao seu redor.

Uma vaga lembrança me surge quando olho para a grande Torre, foi na frente dela que pedi o amor da minha vida em casamento há seis meses atrás.

Eu disse que me casaria e construiria uma família com ela.

Dou risada dos meus pensamentos, e quando brinco com o gelo da minha bebida.

Encaro os dois cubos de gelo na bebida, e ali me perco em pensamentos e nem percebo quando a kie volta, vestida em um roupão felpudo com as iniciais do hotel em dourado.

- Está pensativo, aconteceu algo? - A mesma questiona ao me abraçar, depositando um beijo no meio das minhas costas.

- Só pensando em tudo que aconteceu em um único ano.

- Parece ter passado bem mais que um ano.

- Tecnicamente estamos há um ano namorando, oficialmente claro e seis meses que estamos noivos.

- Parece ter se passado anos. - A mesma diz, acariciando meu peitoral desnudo.

- Parece...

- O quê deseja almoçar? Vamos sair pra comer ou pedir algo no quarto?

- Estamos em Paris amor,

seria até um desrespeito comer no quarto enquanto há vários restaurantes magníficos por aqui.

- Tem razão, eu vou me vestir e aí saímos pra comer.

Sinto seus lábios depositarem um beijo em minhas costas e se afastar.

Bebo o último gole da uísque logo entrando no quarto. Nos vestimos e saímos do quarto com Any

empolgada com nosso almoço.

Sempre que almoçamos em um lugar que não seja na Espanha, onde mais ficamos, Any fica empolgada e disposta a provar um novo cardápio.

Enquanto andamos de mãos dadas pelas ruas de París vejo seus olhos brilharem com a moda do país, Any ao decorrer desse um ano mudou seu estilo, adquirindo um estilo mais formal e elegante.

Que contrasta com sua profissão.

Ela ainda acha os macacões horríveis.

- Qual restaurante quer ir? - Questiono.

- Não sei, talvez um mais afastado do hotel, só quero ser alguém normal por algumas horas e comer em paz.

Essa é a parte ruim da fama, a

privacidade.

Dentro desse um ano aprendemos que qualquer momento no sigilo é incrível, saber que a qualquer momento alguém pode nos fotografar ou nos filmar em um momento de lazer é realmente chato.

- Podemos viajar pra uma ilha depois do campeonato de Mônaco. - Sugiro, vendo um brilho em seus olhos.

- Eu adorei a ideia, poderíamos ficar algumas semanas, só aproveitando nossas férias.

- A ideia parce boa. - Todas as suas ideias são boas.

Dou risada enquanto atravessamos a rua e adentramos o restaurante quase vazio por ser dia de semana.

FIM.

Stupid Love - JiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora