⋱Os Bruxos não são como pensa⋰

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-Ótimo, chega de enrolação, você se deite aí, vou pegar minha adaga e colocarei o acesso para o seu belíssimo sangue sair e cair dentro nessa jarra. -Ele diz estendendo uma jarra transparente com detalhes de ouro. Eu apenas sigo suas instruções e logo relaxo meu corpo sobre o sofá.

-É necessário tanto sangue assim? -Léo pergunta meio nervoso. -Não acha exagero, ele pode ficar fraco.

-Relaxa dog. Ele agora é tão resistente que posso drenar todo seu sangue e ele permanecerá acordado e forte por horas. -O bruxo sorri alegre, o que arranca uma risada baixa de mim. -Vê que ele gosta tanto de você que fará isso sorrindo? -Sinto a faca afundar contra meu pulso, o que felizmente não dói, eu olho para o corte meio longo e assisto a pigmentação vermelha sair em abundância.

-Você acha que vou morrer? -Pergunto baixo para que somente ele escute, já que Léo está entretido na estante de livros afastada. -Eu chorei sangue...

-Te garanto que não, você pode não sentir mas é mais forte do que imagina, e isso te fará vivo. -Ele diz sorrindo. -Preciso que você confie no processo e treine seus poderes.

-Obrigada, você é muito generoso e sorridente, mesmo sendo um bruxo. -Comento retórico.

-A imagem que se tem dos bruxos é bem errada, mas ok. -Ele se senta com as pernas cruzadas em minha frente. -Os bruxos não são maus o tempo todo.

-Por que precisa de tanto do meu sangue?

-Minha mãe está prestes a morrer por um feitiço de outra bruxa e preciso do sangue de um...Ser como você, para curá-la. -Ele diz sincero, provável que saiba que mentir para mim não seria algo vantajoso.

-Poderia ter me pedido antes, não pensaria duas vezes antes de ceder a você. -O olho de forma calma.

-Você é de se apaixonar viu. Obrigada pela sua gentileza, mas isso servirá de troca, seu sangue será útil para o seu amigo.

-Como assim? -Léo pergunta, e percebo que ele estava próximo de nós.

-Você vai beber o sangue dele junto de uma outra misturinha. -O mais baixo diz calmamente.

-Que nojo, meu Zeus...- Léo diz fazendo careta. -Não quero beber o sangue do meu melhor amigo.

-Você não tem outra escolha, o sangue ficará gostoso quando misturado.

-OK...

Me pego observando novamente o corte, é estranho dizer que mesmo depois de tudo, agora me sinto um pouco mais a vontade sendo eu mesmo, saber que meu sangue mesmo que vindo de algo sujo pode ajudar alguém, e que meus dons estão me fazendo um favorzinho vez ou outra, é satisfatório.

Olho para Léo que me encara com cara de paisagem, eu sinto sua energia conturbada em sentimentos bons e ruins, ele parece estar se aproximando pouco a pouco e isso me alegra. Lhe direciono um sorriso pequeno e ele devolve. O bruxo aleatoriamente some dizendo palavras desconexas que não entendi bulhufas.

Chasing The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora