...
-Você adoraria sentir o que estou sentindo, Nathaniel...-Digo baixo para o humano ouvir.
-M-me tira daq- Ele tenta dizer, mas começa a tossir fortemente.
-Felizmente não vou te tirar daqui. -Dou tapinhas nas costas dele e ele parece querer chorar. -Pensasse nisso antes de mexer com Akemi.
Chego ao final do corredor, paro para observar todo o gigantesco lugar, escuro, repleto de seres bravos correndo e matando uns aos outros, corredores, escadas, rios longos de sangue, almas flutuantes, paredes rochosas com um cheiro conhecido por mim e muitos, muitos cristais espalhados pelas paredes e chão. Os cristais que criaram Elis...
-Tudo tão catastrófico, mas tão aconchegante. -Digo baixo.
Me sinto tão bem...
Talvez seja isso que venho buscando minha vida inteira.
-O que faz aqui? -O demônio que me insultou outro dia aparece em minha frente, incrivelmente arrumado. -Se veio atrás dela, volte para o meio. -Ele parece nervoso com minha presença.
-Não diga o que não sabe. -Encaro ele intensamente. -Eu quero ir até o calabouço.
-Por que tem um humano sem alma com você? -Ele nota a presença insignificante do palerma.
-Onde ficam os calabouços? -Insisto.
-Naquele corredor mais vazio, não vão querer deixar você entrar, porque alguns seres aqui querem matar sua mãe. -Ele explica apontando para um corredor próximo mas bloqueado por grandões.
-Quem são eles? -Me refiro aos grandões.
-Guardiões de Lúcifer. -Ele diz baixo. -Explique quem é, e talvez eles liberem.
Observo o demônio em minha frente, ele parece bem mais calmo agora, me dando informações sem me provocar ou atacar. Semicerro os olhos para ele que recua um passo.
-Agradeço. -Passo por ele indo em direção ao corredor rochoso.
-Non potes transire. (Não pode passar) -A voz do guardião diz assim que paro em sua frente.
-Ego sum daemonium, exire! (Eu sou Daenmon, saia!) -A voz do demônio reverba alto por mim. Os guardiões olham para mim com mais interesse e logo liberam a passagem.
-Então meu nome de demônio é esse? -Pergunto mentalmente.
-Sim, muito melhor que o seu de anjo. -Ele critica, me arrancando risadas.
O túnel é clareado por pequenas tochas de fogo, e com a ajuda dos cristais, ando cuidadosamente, logo começa a aparecer algumas celas e eu sinto o cheiro de Sofia cada vez mais perto. Me aproximo de uma cela maior, onde ela está encolhida em cima de uma espécie de cama. Parece desconfortável, deplorável.
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Chasing The Secret
Mystery / ThrillerA diversidade de motivos que eu tenho para odiar estar onde estou é grotesca, a começar pelo fato de um ser miserável como eu, estar aprisionado por Equidna e sendo acusado de algo que não sou. Como podem me acusar só por ser filho de algo divino e...