''Sanguis diaboli praeter amorem et maledictionem''

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...

-Eu gostei dele. -Digo quebrando o silêncio.

-É, ele é gente boa, os rumores sobre ele ser sério e maldoso são bem falsos. -Ele se senta no chão.

-O que acha que ele vai misturar com o meu sangue? -Questiono verdadeiramente curioso.

-Não faço ideia, mas espero não ser algo nojento. -Sua expressão me faz rir. -Eii.

-Diga. -O olho neutro.

-Desculpa ter me afastado, foi instinto sentir medo, eu sei que você jamais me machucaria, mas foi estranho...-Ele toca meu joelho.

-Eu entendo, me chateou um pouco, mas está tudo bem se você não se sentir ameaçado de novo. -Entrego meu sorriso verdadeiro.

-Não vai acontecer de novo. -Ele se ergue e me abraça de lado, uma maneira estranha já que minha posição não favorece. Rimos juntos.

-Você são tão gays, por Lilith. -O esverdeado aparece magicamente rindo na nossa cara.

-Sinto muito se você não tem amigos para demonstrar afeto. -Falo risonho, e ele me xinga achando graça.

-Se você me irritar vou pegar seu sangue e seu coração. -Ele ameaça com a adaga apontada para mim.

Minutos depois eu já havia cicatrizado e estou observando o bruxinho chamado Linse, preparar o tal líquido que Léo irá beber, até agora ele dispôs um pouco do sangue em um tipo de pote de argila e está dizendo palavras em latim, ao mesmo tempo que acende algumas velas e segura um outro copo pequeno com um líquido igualmente vermelho dentro, eu diria sangue. Léo me olha medroso como de costume, parece ter percebido ser sangue o outro líquido que ira beber, pois a careta que direcionou a mim foi icônica.

-Sanguis diaboli praeter amorem et maledictionem. -Lince diz mais alto o que chama minha atenção, Léo sente uma leve tontura por ser sensível a magia ou algo relacionado, e eu sinto o corte da adaga queimar, não dolorido mas de qualquer forma sinto-a, a cicatriz brilha em vermelho intenso e eu chego a me preocupar.

-Prontinho Léo. -De repente Lince se vira novamente sorridente, erguendo uma taça prateada em mãos.

-Meu Zeus...

-Aqui dentro está o sangue do Daen juntamente com o sangue da primeira raposa que foi amaldiçoada, e claro umas gotinhas do sangue da Tauni. -Ele olha sorridente para a taça. -E não me pergunte como tenho o sangue das duas. -Ele diz sério dessa vez.

-Você sofre de bipolaridade. -Comento rindo.

-Não vou beber sangue de gente morta!! -Léo tampa a boca.

-Ah você vai. -Digo segurando seus braços. -Você não me fez sangrar por minutos para não beber essa merda.

O bruxinho se aproxima de nós e faz menção de dar a bebida da boca do Léo, que choramingou mas deu passagem para a bebida.

-Esqueci de comentar que ele irá ficar mais apaixonado ainda por ela, beber do sangue da raposa é tipo ser acertado pela flecha do cupido, então Daen, não beba o sangue dela jamais.

-Ok. -Digo e solto o corpo do Léo,  de imediato ele não reage mas logo depois levanta a cabeça em minha direção e diz:

-Eu quero muito vê-la agora. -Seus olhos estão miúdos, e suas pupilas dilatadas, só falta sair corações por suas orelhas grandes. -Eu serei eternamente grato. 

-Tudo bem, ela deve estar no meu quarto, e não precisa agradecer. -Abraço ele de força leve e ele retribui. 

Chasing The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora