...
-Você esqueceu isso. -Ele se aproxima rápido. -Toma. -Joga Nathaniel em meus ombros.
-Obrigada por trazê-lo. -Agradeço ouvindo o humano gemer em dor.
-Ele está acordado. -Ele me avisa.
Tiro o palerma do meu ombro o olhando nos olhos mortos, estão completamente brancos, sem vida, mas sei que ele ainda me vê, o medo em seu rosto revela isso.
-Boa noite Nathy. -Digo baixo. -Eu disse que o levaria comigo. -Aperto a região da costela arrancada, ele se contorce.
-Daen, não é permitido a entrada de humano no inferno. -O guarda diz.
-E quem disse que eu perguntei? -Olho nervoso para ele. -Esse lixo matou minha irmã, eu vou jogar ele na primeira manada de ogros famintos que eu ver. -Nathaniel treme. -E eu tirei a alma dele, então ele não pode ser considerado um humano.
Vejo os guardas conversarem entre si, decidindo se me liberam na paz ou se partem para cima. Espero pacientemente. Olho para Tommy e sua esposa indicando para eles que entrem.
-Está frio, vocês podem se prejudicar aqui. -Digo mais diretamente para a mulher, estou pouco me fudendo para Tommy. Ela me olha surpresa pela preocupação e então agarra o braço do marido e volta para MDW.
-E então? -Inclino minha cabeça. -Vou ter que matá-los?
-Não senhor. - Eles abrem a porta, e eu jogo o corpo do humano novamente sobre meus ombros, entrando logo em seguida. Vejo alguns infernais andando encolhidos e com bastante roupa para seres do inferno. Alguns me olham surpresos mas não questionam. Chego na porta principal e sinto o corpo de Nathaniel tremer junto do meu. Tento me apegar aos pensamentos de que tudo vai dar certo, e de certa forma a energia do demônio está me deixando mais confiante e quente.
-Vai entrar? -Outro soldado pergunta olhando para o humano.
-Você é aquele cara que veio com a Elissa? -Um guarda que reconheço da outra vez que vim, pergunta.
-Sim, agora antes que eu desista, abra essa porta e me deixe entrar. -Digo rouco.
As portas se abrem e sinto a energia acolhedora me inundar, minhas veias brilham junto as runas, meu corpo relaxa e eu firmo o aperto no humano que aprece se agoniar com algo. Mentalizo o mantra para proteger o corpo dele das energia do inferno, e ele para de grunhir em ardência, porque por mais que o vento frio esteja maltratando infernais os humanos ainda sentem o calor sobrenatural do submundo.
Ouço gritos do corredor escuro em minha frente, gritos de sofrimento, de alegria, de raiva, uma mistura de tudo. Dou um passo firme adentrando o local, meu corpo se sente calmo, a ansiedade que me maltratava agora a pouco some, me sinto bem, forte e em casa. O vazio parece ser preenchido deliberadamente.
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Chasing The Secret
Misterio / SuspensoA diversidade de motivos que eu tenho para odiar estar onde estou é grotesca, a começar pelo fato de um ser miserável como eu, estar aprisionado por Equidna e sendo acusado de algo que não sou. Como podem me acusar só por ser filho de algo divino e...