"Sou seu Rei, e seu pai"

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...

-Você pensar é o que me preocupa. -Abro a porta já passando para o outro lado junto dela. -Mas enfim.

-Fica tranquilo, ok? -Ela diz e segura minha mão. -Eu não vou sumir. -Ela parece ler minha mente.

-Tudo bem. -Aperto sua mão.

Elis me leva até uma porta do outro lado do corredor, em formato de cofre, gira com força a maçaneta e abre a porta me puxando para dentro logo depois, a porta nos leva até o corredor que estive da outra vez em que desci para cá, andamos até outra porta maior que as outras, onde falei com meu pai e os outros. Lúcifer está sentado como sempre em seu trono, implacável, indecifrável. Nos olha indiferente e suspira como se carregasse todo o peso dos três mundos nas costas. E até pode ser verdade.

-Fala papi. -Elis se aproxima me puxando pela mão. -Sentiu saudade?

-Você esteve aqui ontem, pirralha. -Ele revira os olhos. -Porque não ficou mais tempo lá?

-Não seja cruel, sei que sentiu falta e outra, não gosto de ficar tanto tempo lá. -Ela diz com ar de cansaço. -As cópias de Lincoln me irritam.

-Eles estão bem, Lincoln e Naamah? -Ele tenta fingir não se importar tanto com a resposta, mas seu pé insiste em bater sobre a madeira.

-Vai mesmo fingir que não estou aqui? -Pergunto alto.

-Não estou fingindo nada. -Ele finalmente me olha, sua expressão vacila. -Não se precipite. -Diz sério.

-Não minta. -Encaro seu rosto de forma neutra.

-O que te trás de novo aqui? -Ele pergunta e parece irritado de repente. -Não aguentou ficar com os humanos? -Fala sínico.

-Não é da sua conta. -Esfrego as têmporas na tentativa de me acalmar. -Eu não quero discutir, Lúcifer. -Falo mais baixo.

-Não me chame de Lúcifer, sou seu Rei, e seu pai. -Sua voz soa alta e autoritária.

-Agora se diz meu pai, mas fugiu de mim esse tempo todo. -Olho para ele frustrado.

-Daen, não vale a pena. -Elis diz segurando meu rosto. -Não perca seu tempo com ele.

-Vocês estavam juntos? -Ele pergunta mas diretamente a Elis.

-Sim, e não ouse dizer nada sobre isso, já conversamos. -Ela tem uma pose grande, mandona.

-Diga logo o que quer, Daenmon. -Ele ignora Elis, e passa a me encarar sério.

-Sofia. - Digo apenas.

-O que tem ela? - Se faz de sonso.

-Meu irmão, não enrole seu filho, diga logo o que ele quer. -Samael aparece de uma porta, segurando um livro. Com suas asas chamando toda a atenção, seu manto se arrastando pelo chão limpo e sua expressão simpática. -Oi Daenmon, quanto tempo. -Lúcifer bufa em seu assento. 

...

Chasing The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora