⫎Corredor dos humanos⫎

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-Prazer Daen, anjo metade demônio. O único híbrido dessa classe, aqui na MDW. -Digo simples.

Tommy recua, sua mulher toca seu ombro o segurando, eles me analisam de cima a baixo. Eles sabem quem eu sou.

-Sua mãe.

-Eu sei, fui eu quem a mandei para lá, e farei isso com qualquer um que ousar fazer mal aos meus próximos. -Ameaço descaradamente.

-Hum, certo, eu acho que vamos na coordenação agora. -Ele se afasta junto da mulher. -Obrigada Bill.

-De nada. -O humano se despede meio recluso.

-Não quero que confie em nenhum ser aqui! -Digo nervoso. -Isso poderia ser uma armadilha, seja duro com quem pisar aqui dentro. -Me sento no banco alto.

-Calma Daen, você já está nervoso. -Léo aparece no meu campo de visão.

-Esses dois não estão aqui apenas porque o inferno está tendo problemas. -Olho em direção a porta. -E eu estou incrivelmente curioso, preciso ficar de olho neles.

-Não procura confusão. -Bill diz e Léo concorda em silêncio. -Não diz respeito a você, a merda que eles vão fazer.

-A faz, eu sou mais forte agora, me sinto na obrigação de proteger os outros daqui. -Digo apoiando minha cabeça na palma da mão. -Não fique surpreso se ouvirem rumores...-Olho para os dois sorrindo pequeno.

-Léo fique aqui com ele. -Me levanto. -Vou dar um passeio.

-Ei, mas você disse que não ia desgrudar de mim. -Ele parece assustado.

-Eu volto logo. -Digo calmo. -Pense em mim se algo acontecer, e eu vou te ouvir. -Saio do local.

Seguir aqueles dois se tornou minha nova missão, não que eu seja algum tipo de defensor ou algo do tipo, mas tenho pessoas importantes aqui, e esse tal de Tommy não me cheira bem.

Encontro os dois no corredor dos humanos, cinco minutos depois. Me encosto na parede observando o casal de longe, eles podem facilmente me ver, mas meu intuito aqui não é me esconder a todo tempo, tenho que mostrar que é meu território. A mulher parece notar minha presença, pois logo me olha de canto de olho e cochicha algo para seu marido, que se vira olhando para mim, e esbanja seu sorriso falso, e eu retribuo é claro. 

Olho para os humanos que estão recuados no corredor, o medo deles não é de mim, e sim do casal. Logo reconheço o único ser místico ali, Samuel está no meio de algumas pessoas na frente de uma porta. Ando até o local e sinto a energia insegura de muitos, o susto de uns quando me notam chega a ser engraçado, mas o que me chama a atenção é a insistente fumaça rosa que emana do Samuca. Ele ainda gosta de mim...

Chasing The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora