‖Castelo sinistro‖

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Mais adiante avisto um grande terreno aberto, sem árvores, corpos ou demônios, apenas um gigante castelo negro, com detalhes vermelhos brilhantes, que parecem cascatas de sangue incandescentes. Sinistro e bonito. Andamos até estarmos na entrada onde dois demônios diferentes do pequeno ao meu lado, abrem os portões depois de me identificar. Passamos por um pequeno caminho de terra preta com arbustos bonitos e bem cuidados ao lado. Logo as grandes portas de abrem revelando o interior do castelo, tudo brilhantemente negro, prata e vermelho sangue. Naamah está parada no topo da escada, ainda mais forte e brilhante do dia em que me visitou. Seu sorriso sinistro ainda não me assusta. Seus passos são calmos e calculados até estar mais próxima de mim.

-Daenmon, meu querido! -Sua voz se alastra pelo salão, simpática. -Não achei que viria tão rápido.

-Eu achei que já era a hora. -Me pego tímido, pelo fato de parecer desesperado para vir aqui.

-Está tudo bem querido. -Ela ri e me abraça carinhosamente, como se nos conhecêssemos a anos. -Se sinta a vontade, a casa é sua. -Ela se afasta ainda tocando meus ombros. -Pretende dormir aqui?

-Não pretendia, mas aqui parece longe do castelo de meu pai, então se não for incomodar. -Coço a nuca.

-Sou bem sozinha aqui, então sinta-se a vontade, o Lincoln pode te levar até o quarto de visitas. -Ela aponta para o demônio ao meu lado.

-Então seu nome é Lincoln, por que não disse antes? -Digo brincalhão.

-Você não perguntou. -Ele salta até estar nos ombros de Naamah, que acaricia sua cabeça pelada.

-Ele é um doce, né? -Ela pergunta para mim.

-Sim, simpático. -Digo olhando para os quadros nas grandes paredes, uns tinham a cara de meu pai pintada, outros eram de Naamah fazendo gestos obscenos, alguns ela pisava em pecadores, e no outro beijava intensamente Samael. -Bonitos os quadros.

-Vou mandar fazer um de você. Sou uma colecionadora, e um rosto bonito como o seu não pode faltar aqui. -Ela sorri grande, me analisando. -Inclusive, no quarto onde você vai ficar tem um especial. -Ela tira Lincoln de seu ombro e anda até uma grande passagem. -Por aqui é a cozinha, e jardim.

-Sim, obrigada por me abrigar. -Digo me curvando minimamente.

-Não se curve, você é de uma patente alta. -Ela explica normalmente. -E para lá, é os outros quartos, salão de jogos e festas. -Aponta para a outra extremidade do castelo. -Lá em cima está meu quarto, o de seu pai, Elissa e de Asmodeus, os quartos reais. E tem grandes banheiros também, biblioteca e piscina. Tanta coisa, se quiser explorar fique a vontade. -Ela diz e por fim some.

-Por que o castelo dela é mais confortável, e normal que o dele? -Pergunto ao vento, mas Lincoln responde.

-Por que seu pai gosta de jogos, de brincar com a mente dos outros, e não gosta de chamar tanta a atenção, por isso 'meteu' o castelo dele dentro de uma grande rocha.

-Você tem razão.

-Sempre tenho. -Ele puxa minha calça até a escada. -Me dá uma mãozinha? -Me olha pidão. Ergo seu corpo o acomodando em meu ombro. -Odeio escadas. 

...

Chasing The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora