"Desculpe, mas eu não prometo que voltarei..."

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...

-Como? -Ele pergunta aturdido. -Você vai o quê?

-Sofia tem causado problemas lá, e eu posso ajudar de acordo com Tauni. -Me sinto fraco.

-Mas...-Seu corpo retrai. -Você não pode, é perigoso, você disse que não está pronto. -Ele se desespera.

-Eu preciso correr esse risco, senão todos os infernais incluído eu, vão morrer. -Suspiro.

Ele solta as mãos de Tauni e me envolve em um abraço forte, me surpreendendo. Ele soluça alto, e eu perco o chão. 

-Não chora, seu bebe chorão. -Digo rindo, mas me segurando para não me derramar. -Eu vou voltar.

-Eu não quero te perder. -Ele diz contra meu peito.

-Você não vai. -O aperto. -Eu prometo.

Ele se afasta pouco, me olhando penoso, seus olhos demonstram sua tristeza, o que me faz tremer. Fecho meus olhos e o abraço novamente, esse pode ser nosso último abraço. Léo chega a ser mais importante que tudo para mim, ultrapassando até memso Sofia, meu irmão. Eu sei o quanto ele vai sofrer...

Caminhamos para o jardim em silêncio, Tauni vem logo atrás, dando espaço para mim e Léo, que não desgruda de meu braço, um verdadeiro coala. O vento congelante que sopra do submundo afeta somente a mim quando piso na grama. Me encolho aflito por estar sentindo frio. Eu desejo parar de respirar, enquanto olho para o céu escuro desejo acordar em um outro corpo, sem problemas, sem tristeza, sem o frio...

-Vai tudo ficar bem. -Tauni diz novamente adivinhando o que penso. -E não demore, não se sinta tão em casa a ponto de nos esquecer.

-Eu vou voltar. -O peso dessa frase me da sensações ruins, como se eu sentisse que algo vai dar errado.

-Se vocês têm algo para me falarem, que seja agora. -Olho para Léo que me solta hesitante. -Porque eu estou indo embora. -Me afasto um pouco.

-Eu te desejo sorte, Daen. -A raposa sorri majestosamente, mas noto o medo e preocupação em seus olhos.

-Eu não vou dizer adeus, e nem vou te abraçar como despedida, porque prefiro fingir que você vai voltar amanhã. -A dor de Léo é sentida por mim, aperto meus dedos em punho, e sorrio. 

-Eu te amo irmão. -Digo firme. Léo não diz o mesmo apenas acena em concordância, e quando seus olhos se enchem de água mais um vez, ele dá um passo para dentro da instituição, fugindo da minha desastrosa presença.

Tauni me olha uma última vez e se vira em direção a Léo que já sumiu em meio a tantos corredores. Estou sozinho, de novo.

-Desculpe, mas eu não prometo que voltarei...-Sussurro ao vento, dando passos lentos em direção a URW. -Eu não consigo sozinho. 

Chasing The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora