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Olho para Elis e vejo sua expressão mudar para neutra, e depois desconfortável, mas ela logo sorri e e deita a cabeça no travesseiro.
-Eu nunca pensei dessa forma. -Ela solta me deixando confuso.
-O quê? -Minha pergunta é certeira.
-Sobre ficar com o Dominus, ele é bonito e faz meu tipo, mas não sei, nunca olhei para ele e senti desejo. -Sua resposta não foi a que eu queria ouvir, mas me deixa de certa forma contente.
-Entendi. -Olho para o teto. -Eu já acho que vocês ficam bonitos juntos. -Por que caralhos eu disse isso?
-Sério? -Ela me olha expressiva. -É talvez eu pense na hipótese de ficar com ele, só para dar experiência, já que eu seria a primeira.
Me arrependo imensamente por ter dito aquilo, volto meus lumes para ela, observando sua áurea. Eu deveria ter calado minha boca, e não ter tocado nesse assunto, agora ela está estranha comigo, eu nem sei o motivo e ainda por cima me sinto enciumado. Puxo o lençol para nos cobrir, ela se ajeita na cama e vira de costas para mim.
-Eu disse aquilo, mas ainda sinto ciúmes. -Falo tentando apaziguar a situação.
-Não parece. -Sua áurea muda de cor, indicando que ela não está mais tão brava.
-Mas é. -Suspiro aliviado. -Eu não sei o que se passa na sua cabeça e nem quero saber, mas não fique chateada comigo. -Encosto minha testa entre os ombros dela próximo a nuca.
-Não fique vendo minha áurea, é invasão de privacidade. -Ela retrai o corpo.
-Eu não consigo evitar, ela só aparece atrás das pessoas como uma fumaça colorida. -Comento baixo.
-Hum. -Ela murmura.
-Boa noite Elis. -Deixo um leve beijo em seus cabelos e me viro de costas.
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Acordo às 5 da manhã, atordoado, fazia tempo que eu não tinha sonhos estranhos. Nesse eu estava em uma espécie de cela, e claramente era no inferno, tinha pessoas mortas ao meu lado e eu estava todo sujo de sangue, aparentemente delas, eu sorria, me sentia forte e quando um grito agudo surgiu eu acordei. Saio da cama sentindo um enorme incômodo, a sede de sangue é gigante mas eu não posso sair agora, ando até a cozinha buscando por água mas todas as garrafas estão vazias, volto ao quarto procuro pela garrafa térmica que fica na minha bolsa, mas ela também está sem nada dentro. Olho para Elis que dorme serenamente, me sinto mal por ter que acordar ela, porém é minha única saída, talvez ela tenha sangue em sua bolsa.
-Elis, acorda. -Toco seu rosto quente. -Me ajuda. -Ela abre os olhos assustando-se com minha presença.
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Chasing The Secret
Mystery / ThrillerA diversidade de motivos que eu tenho para odiar estar onde estou é grotesca, a começar pelo fato de um ser miserável como eu, estar aprisionado por Equidna e sendo acusado de algo que não sou. Como podem me acusar só por ser filho de algo divino e...