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-Eii foca em mim, eu preciso que tente. -Ela me olha assustada, ter um místico hibrido descontrolado é algo que todos evitam.
Eu era a porra de um demônio...
O bruxo permanecia calado sentado sobre a poltrona observando tudo, ele sabia que isso iria acontecer e sua paz de espírito não seria corrompida por um mero demônio descontrolado em sua casa. Ele não se importa. Ele parece desejar morrer.
-Eu não posso ser um demônio...eu não quero ser assim. -Digo tentando me acalmar, agachado no chão com os ouvidos tampados, sinto Elis afastar-se um pouco, tensa.
-Sebasthian, não tem nada aqui possa acalmá-lo? -Ela pergunta com a voz mais chateada que o normal.
-Deixe ele passar por isso jovem. -Ele diz ainda acomodado. -Não se sinta mal pela fala dele, é um momento sensivel, ele não sabe oque diz. -Se refere a meu sem querer, insulto a sua espécie.
-CLARO QUE SEI!! NÃO TIRE UMA COMIGO SEU BRUXO, ISSO TUDO NÃO FOI DESVENDADO ANTES POR SUA CULPA. -Ergo-me em um solavanco ameaçando avançar contra ele, mas Elis entra na frente, sem olhar em meu rosto apenas usa seu corpo como barreira. -EU VOU FAZER O FAVOR DE TIRAR SUA VIDA, E VAI SER MENOS UM INUTIL NESSE MUNDO IDIOTA!
As gravuras se espalham mais pelo meu corpo e o sangue ferve, corre por todo meu corpo acelerado, a adrenalina me apossa, minha visão nubla e tudo que almejo é matá-lo, arrancar seu coração e jogá-lo longe. Sendo quase impossível meu corpo entra em combustão e sou capaz de aquiescer o ambiente, meus olhos brilham em vermelho intenso e vejo meu corpo mutar rapidamente, meus dentes saltam para fora como na noite que tomei o sangue da humana, meus braços que antes só tinham gravuras, agora apresentam escamas pontiagudas de cor escura, minhas orelhas doem ao que crescem, e minha cabeça parece se rasgar, coloco as mãos sobre os dois pontos doloridos e sinto um tipo de chifre no local. Estou assustado para um caralho, mas ao mesmo tempo a sede por sangue, vingança, odio e desejo de matar é mais forte e não dá espaço para os questionamentos, apenas aceito o horrendo ser que me tornei e encaro Elis, que me olha com os olhos grandes estática, admirada por seja lá o que.
-Et pœnitet -(Você irá se arrepender disso) A voz ecoa na minha cabeça e eu digo em voz alta, essa que não é minha, é de algo dentro de mim que controla toda essa vontade insana.
-Noli facere.(Não faça isso) -Elis ordena, e eu miro-a sem expressão.
-Deixe ele Elissa! -O bruxo dita alto para ela, que o olha furiosa.
-Não diga meu nome!! -Ela volta a me olhar totalmente autoritária, e isso me mantem parado, não a machucaria e o demônio presente dentro de mim também pensa assim.
-Volo facere - (Vou fazer)A voz ecoa mais uma vez e recuo um passo. -Elis não sou eu...
-Eu sei Daen, é o seu demonio interior querendo tomar controle da situação, lute contra, você não quer matar Sebasthian agora. Converse com o Daenmon. -Ela reverba baixo.
Como eu vou conversar com esse desequilibrado e profano dentro de mim? Eu não quero aceitar que ele agora faz parte de quem eu sou, nao quero ter que matar esse velho e muito menos correr o risco de machucar Elis. Eu imploro pela minha cama, minha vida medíocre e normal. Fecho os olhos focando nos batimentos cardíacos dos presentes na sala.
-Você não pode me ignorar Daen. -A voz ecoa em minha mente, e dessa vez não me obriga a dizer em voz alta.
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Chasing The Secret
Mystery / ThrillerA diversidade de motivos que eu tenho para odiar estar onde estou é grotesca, a começar pelo fato de um ser miserável como eu, estar aprisionado por Equidna e sendo acusado de algo que não sou. Como podem me acusar só por ser filho de algo divino e...