"Um fardo como você"

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...

-Bom dia Senhora. -Digo gentil.

-O que estava fazendo aí dentro? Que eu saiba aqui não perambulam seres místicos.

-Você está muito enganada, aqui anda bastante seres e eu vim visitar o Nathaniel. -Digo neutro.

-Ele está vivo, ou você o matou? -Pergunta realmente curiosa e sua aura me dá nojo de tão carregada e escura que é.

-Nunca matei ninguém e não vai acontecer tão cedo. -Digo rude. -Se me der licença.

-Fiquei sabendo que você foi no céu. -Ela comenta já mais próxima de mim. -Sua mãe deve ter odiado te ver assim. -Um sorriso superior cresceu em sua boca.

-Já era de se esperar. -A olho rude. -Você sabia né?

-Claro que não. A informação já chegou até mim, mas não tenho nada a ver com isso.

-Agora você vê que eu não menti. -Cruzo os braços à frente do corpo. -Assuma que me perseguiu atoa.

-Um fardo como você jamais vai escutar da minha boca que eu estava errada, vai morrer querendo. -Ela cospe a frase com escória. -Aliás estou sabendo da sua possível morte, pode deixar que avisarei sua mãezinha, se é que ela se importa com você.

Meu sangue começa a aquecer e correr rápido por todo o meu corpo e percebo estar quase sendo atingido por ela. Citar minha mãe me deixa nervoso e ainda vindo dessa megera piora tudo.

-Eu não vou morrer. E não cite o nome de Sofia perto de mim. -Avanço um passo à frente.

-Você acha que pode comigo só porque está mais forte agora? -Ela ri alto. -Cuidado menino, posso fazer metade desse lugar ficar contra você em um estalar de dedos.

-Não tenho medo de você e nem de ninguém, espero que você queime no fogo do submundo quando chegar sua hora. -Viro-me de costas e passo a andar até o refeitório, Equidna não diz nada apesar do insulto.

...

-Você é louco de dizer isso para ela. -Léo diz enquanto mastiga o lanche.

-Aquela cobra peçonhenta me tira do sério, quis colocar fogo nela. -Apoio minha cabeça na palma da mão.

-Que bom que se controlou, eu não estava por perto para ajudar. -Elis comenta sem me direcionar o olhar.

-Que clima estranho é esse, vocês brigaram? -Tauni pergunta olhando para nós dois. Nos encaramos e depois olhamos para a raposa.

-Não se meta, não aconteceu nada. -Elis abocanha uma batata frita.

-Credo alguém acordou nervosa hoje. -Léo abraça Tauni de lado defendendo sua amada. 

-Oii gente, posso me sentar aqui? -Camilla aparece sorridente com um pacote de lanche na mão. Tauni permite que ela se sente e ela ocupa o lugar ao meu lado.

-Tudo bem com você? -Ela me olha carinhosa.

-Sim, e você? Sumiu depois de bagunçar minha cama com a Tauni. -Digo rindo.

Entramos em uma conversa confortável enquanto os outros comiam ou vez ou outra iniciavam uma conversa divertida. Elis estava quieta demais, porém não iria puxar assunto pois sei que o motivo deve ser eu mesmo. Tauni e Léo não se desgrudam mais, e diversos seres paravam na mesa e os dois tinham que explicar o que havia acontecido para eles não estarem se matando e eu achava deveras engraçado a reação das pessoas. 

Chasing The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora