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ARCO I

REFLEXOS

Matar o Luiz.

Essas foram as palavras que ficaram resoando na mente de Lg. Matar o Luiz. Matar o Luiz.

Onde ele o encontraria? Como Luiz o encontraria?

Essa seria mais uma dúvida que entraria na grande listas de perguntas sem respostas de Lg.

Uma dúvida que foi rapidamente esquecida quando Lg abriu os olhos e ainda deitado sobre as coxas de Apuh ele viu de perto o reflexo do brilho das estrelas nos olhos negrumes.

Toda aquele vasto breu nos lumes de Apuh abrigavam o reflexo das estrela que doiminavam o céu noturno fazendo companhia para a grande lua que testemunhava a companhia daqueles dois.

Lg viu e se perdeu naquele universo próprio de Apuh, como poderia um universo interio caber dentro de duas pequenas joais tão preciosas? Lg sabia que poderia ficar dias apreciando o como os olhos de Apuh eram belos, incriveis e únicos. Iris tão escuras que se camuflavam com as pupilas, impossibilitando indendificar qual era qual, uma das inúmeras particularidades de Apuh que Lg admirava, apreciava e acima de tudo gostava.

Gostar era pouco, para falar a verdade, esse sentimento estava um nível acima.

Só de estar ali, parado vendo os olhos pretos refletindo os inúmeros pontinhos brilhantes, as cócegas na barriga de Lg voltaram, assas de borbletas que alçavam voou por todo o seu estômago. Era estranho e gostoso ao mesmo tempo, era como um coberto quentinho nos dias frios.

Apuh o fazia tão bem, era um homem bom. Um bom prefeito, um ótimo alquimista, um grande amigo e agora, um amor que Lg tentaria se arricar.

Estar tão perto dele o deixava confuso com todas as sensações de seu corpo. A tremedeira na ponta de seus dedos, o formigamento em seus joelhos, as borboletas no estômago e os olhos hipnotiszados. Lg as sentia sem mais nenhuma barreira que pudesse as impedir.

Estava apaixonado pelo seu melhor amigo no final de tudo e não saberia como reageria se esse sentimento tão belo não fosse retribuido.

Lg enxergava as ações gentis de Apuh, mas não podia decifra-las. Lg nunca saberia dizer se Apuh fazia aquilo como uma obrigação de amigos ou uma demostração de afeto apaixonado.

Lg tinha medo da resposta e o melhor que poderia fazer no momento era guardar esse sentimentos e se tornar um egoísta covarde, reter todas essas emoções boas apenas para si. Tinha coisa mais importante para resolver no memomento, não que Apuh não fosse importante, porque, nossa, como ele era, mas se a ameaça de Luiz fosse tão grande como Dark Lg aparentou, Lg preferiria mil vezes compartilhar o que estava sentindo com Apuh depois que todas essas ameaças passasem.

Lg queria sentir a calma, não a loucura. Queria aproveitar e se mergulhar no mar calmo do amor, não nas águas violentas da paixão.

--- Tira uma foto que dura mais Zé - A voz de Apuh penetronou os ouvidos de Lg o assutando e fazendo as suas bochechas formigarem por ter sido pego apreciando aqueles olhos de ébano.

--- Eu não - respondeu no mesmo tom irônico de Apuh, apesar de seus bochechas destoarem - vai que a câmera quebrar por não suporta tamanha antiguidade.

--- Ai, essa doeu - Apuh dramatizou colocando a mão sobre o coração e Lg riu se levantando, sentando na toalha e observando o céu escuro.

O sol não estava mais lá, apenas a lua os iluminava com a sua luz prateada com a companhia das estrelas.

--- Eu dormir por muito tempo? - perguntou Lg estralando as costas e espreguiçando os braços.

--- Chegou nem a duas horas de sono - respondeu Apuh se inclinando para ajudar Lg a arrumar o cabelo escuro sempre tão bagunçado - Seu cabelo está crescendo rápido - observou curioso - vai ficar mais grande que o meu. Pensa em cortar?

Dias de Chuva| !Lapuh!Onde histórias criam vida. Descubra agora