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ARCO II

RETALHOS

Lg sentia a sua cabeça pesar e a dor em suas costas era alucinante. Fogo parecia consumir cada pesdaço de pele daquela região, mesmo que não tivesse fogo algum. Ele demorou para conseguir abrir os olhos, uma cola parecia estar impedindo as suas pálpebras de se abrirem, foi dificil, mas ele conseguiu. Piscou algumas vezes tentando se acostumar com a luz do ambiente e quando começou enxergar tudo com nitidez, viu que estava em um lugar completamente novo.

Suas costas doloridas se escoravam em uma parede de vidro e Lg não demorou para perceber que ele próprio estava dentro de uma cúpula cilíndrica, como um experimento. Se sentia um coposto químico dentro de um tubo de ensaio.

Abraçava os seus joelhos e ele viu que não estava mais com os seus chinelos ou meias, na verdade, estava descalço e com uma roupa completamente diferente. Parecia um avental hospitalar.

Ele se levantou e testou a sua prisão de vidro batendo nela com o nó dos dedos. O som ressou por todo o espaço pequeno do cilindro. Lg respirou e tentou se aclamar.

Onde ele estava?

Olhando com mais atenção para o ambiente, ele via que em sua frente havia uma pequena sacada que devia dar a visão de todo o interior do prédio e estar em algum andar acima. Analisando as cores claras e equipamentos espalhados por várias mesas a sua frente, não demorou para processar que estava dentro de um láboratorio.

O láboratorio de Pedrux.

--- Desgraçado - xingou e bateu no vidro.

O barulho ecou pelo cilindro incomodando os ouvidos de Lg.

Ele bateu, e bateu mais uma vez, era forte o bastante para conseguir quebrar aquela prisão científica e acabar com Pedrux no soco.

Bateu uma, duas, três, quatro vezes e na quinta, quando pôs toda a sua raiva e força de vontade, o vidro chiou, não chegou a rachar ou mostrar qualquer indiciu de que iria se quebrar, mas acima de sua capaz, um gás começou a surgir.

Ele era denso e parecia verde. Lg tapou a repiração mas não conseguiu segurar por mais que dois minutos. Ficou tonto e acabou inalando o gás quando buscou por oxigênio.

O impacto não foi imediato, mas não demorou para começar a surtir efeito. Lg sentiua as suas mãos ficarem dormentes e os olhos pesarem. Cambaleu até escorregar no chão por suas pernas se transformarem em gelatina e a raiva apenas cresceu ainda mais dentro de seu corpo.

--- Maldito.

Mesmo entorpecido, Lg conseguiu ouvir passos resoarem por aquele lugar misterioso e apesar da visão embassada, Lg pode identificar a figura de Pedrux se aproximando da cúpula onde estava.

O cientista parecia cansado, havia enormes olheiras abaixos dos olhos roxos e um carativo na bochecha escondia o corte da espada Caliburn.

--- Anda estreçadinho, hein Lg? - Pedrux comentou analisando os índices do corpo de Lg pelo tablet em suas mãos - estresse de mais causa rugas, não sabia?

Lg riu amargo não sentindo mais os membros do seu corpo.

--- Eu vou te matar quando sair daqui - prometeu e Pedrux apenas de ombros.

--- Claro - concordou entediado - Aprux, niveis de C.Pxd?

--- 125/1368 Pedrux - respondeu uma voz robótica ecoando por todo o laboratório.

--- Hm - murmurou teclando algumas coisas no tablet - mais altos do que antes - porcentagem de exploração pós-molecular?

--- Em 18% em andametos - respondeu a inteligencia artificial.

Dias de Chuva| !Lapuh!Onde histórias criam vida. Descubra agora