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ARCO II

AFETO


Apuh não conseguia mais resistir aos seus impulsos. Ele ainda estava processando tudo aquilo. Ele estava beijando Lg. Realmente estava aos beijos com o seu amado jovem inconsequente  amante de café.

Quantas vezes ele não quis fazer aquilo? Se debrulhar em paixão nos lábios de seu amado? Quantas vezes ele precisou desviar o caminho de seus lábios da boca para o pescoço de Lg por não conseguir ter coragem o suficiente de abraça-lo com os seus lábios.

Foram tantas situações em que ele adiou o beijo, mas não havia mais motivos para se remoer por coisas que ele não fez no passado. Não precisava ficar se arrependendo de não o ter beijado antes por que agora, ali na antiga casa de Merlim, sob a luz da lareira da sala e ouvindo as gostas de chuva batento no telhado da casa, Apuh o beijava como seu fosse o seu último dia na terra.

Era indescritível a sensação que se alastrava pelo seu peito. Apuh não conseguia pensar em outa coisa que não fosse amor. Sentia amor por Lg, e se sentia amado pelo espadachim. Sentia que tudo o seu redor podia se desmoronar caso ele tivesse o coração de Lg para sí.

Apuh amava Lg, de uma maneira como ele nunca amou ninguém. Nos livros de romance que lia nas madrugadas frias na época em que ele ainda morava com os seus pais, um refugiu das discusões que ele tinha com o seu progenitor e um guia para tentar buscar respostas paras as coisas que aquele pequeno Apuh não entendia. Apuh não compreendia como os protagonistas de seus romances podia criar um laços fraterno forte o sufiente para ignorar tudo ao redor. Aquele pequeno Apuh não entendia as forças das palavras, e nem entendia como um "eu te amo" poderia causar tamanhas explosões de sentimentos nas palavras descritas pelos autores dos livros.

Naquela época Apuh não entendia o que era se apaixonar por alguém, Não entendia qual era a sensação de ter borboletas em seu estômago sempre que estivesse gostando de alguém. Não compreendia o suor nas mãos ou a tremedeiras nas pernas. Não entendia porque não sentia. Não sentia a eletricidade correr o seu corpo quando abraçava alguma menina. Não sentia o frio na barriga quando falava com algum menino e nem sentia o coração pulsar mais forte quando dançava com alguém queer nas festas da faculdade.

Apuh nunca entendeu as descrições de setimentos escritas nas cenas de romance de seus livros. Nunca as sentiu, até conhecer Lg.

Com Lg, tudo começou a fazer sentindo.

Apuh agora entendia aquelas palavras escrita nos livros. Apuh agora entendia o que aquele frio na barriga do mocinho significava quando ele beijava a mocinha em um romance qualquer e principalmente, entendia aquela cobustão de sentimentos com as simples palavras "Eu te amo".

Apuh afastou os lábios e abriu os olhos apenas para poder encarar com felicidade a face envergonhada de Lg. O espadachim suspirava e buscava ar pelos lábios estreabertos. As bochechas vermelhas impedia Apuh de ver as claras sardinhas que adornavam as maças do rosto de Lajoto. Os fios da franja estava bagunçados e o peito do espadachim subia e descia por todo o esforço do beijo.

Apuh apertou a sua mão na cintura de Lg, o puxando para mais perto, mesmo que fosse impossível os corpos se juntarem mais.

O alquimista inclinou a sua cabeça para cima até alcançar a testa do espadachim e lhe deixar um beijo apaixonado sobre a derme quente. Apuh desceu os lábios até as bochechas, marcando cada uma com os seus lábios e fez a mesma coisa com o narizinho com a ponta gelada.

Sorrindo, Apuh selou os labios de Lg com apenas uma selinhos para depois beijar o queixo bonito dele e então descer os seus lábios até o pescoço do espadachim e ali macar o seu território.

Dias de Chuva| !Lapuh!Onde histórias criam vida. Descubra agora