ARCO III
○IMPACTO○
As memórias do laboratório eram uma bagunça para Lg. Ele não se lembra exatamente do que viu, viveu e passou no laboratório de Pedrux quando aquele cientistas de formiga o sequestrou, a única imagem evidente que ele ainda carregava na memória era aquele outro Pedrux, uma outra versão mais jovem mas não menos amaldiçoada. Mas mesmo com a memória falha, o seu subconsciente não se esqueceu tão pouco o seu corpo dos dias encarcerados servindo como rato de laboratório.
Apuh tinha um motivo para se preocupar com Lg.
Apesar de não ter demonstrando uma recaída ocasionada pela presença do cientista ontem no laboratório, o corpo e mente de Lg guardavam resquícios de seu sofrimento e ver Phantom abrindo a passagem secreta no estacionamento vazio atrás do banco da cidade fez o primeiro gatilho ser disparado.
A vertigem fez a sua cabeça pesar para frente quando Lg avistou as paredes brancas e ele precisou parar e respirar fundo para conseguir continuar.
--- Vão ser coisas simples, mas bem específicas - disse Phantom o guiando pelos corredores do laboratório subterrâneo - uma amostra de sangue, tomografia, alguns raio-x e depois um escaneamento do seu corpo e quem sabe uma análise detalhada do seu núcleo.
--- Vai demorar muito?
Phantom deu de ombros e o guiou até uma sala branca com alguns armários suspenso, uma bancada com gavetas etiquetadas com equipamentos de laboratório, uma cadeira acolchoada com um suporte branco para o braço ao lado e uma única bandeira com cores do arco-íris pendurado um pouco mais afastada da cadeira, a única cor do ambiente praticamente.
--- Fui tentar analisar mais uma vez a massa de energia que rodeia Utopia, mas como você disse ontem, magias oriundas da fauna e da flora não podem ser analisadas - Phantom indicou para que Lg se sentasse na cadeira enquanto arrumava dentro de um pote plástico branco com detalhes de tartaruga os seus equipamentos - sobe a manga e abre e fecha a mão.
--- Talvez se conseguirmos descobrir qual é o tipo específico da magia que Luiz usa conseguimos analisar a massa.
--- Você por acaso não mexe com coisas de poção e caldeirões de bruxa, mexe? - Perguntou se aproximando com um elástico na mão e amarrando o antebraço do espadachim, logo procurando a veia com a ponta do dedo.
--- Minha magia vem do sacrifício, quem deve mexer com isso é a Bruxa, melhor perguntar para ela.
--- Eu não sei. - Phantom então pegou a agulha e Lg precisou virar o rosto e contar até dez para acalmar o seu coração, as pontas dos seus dedos já tremiam - Apuh me mandou uma lista de pessoas que ele suspeita ser figurantes - disse - e a Bruxa faz parte dela.
--- Os comerciantes que já estavam na cidade antes da primeira onda de população - Phantom concordou - eu estava com ele ontem quando estudávamos isso. Você acha que essas pessoas podem realmente serem figurantes?
--- Não gosto de supor sem tem uma prova para embasar a minha ideia, pode relaxar a mão - Phantom então pegou um pequeno tubinho e encaixou na agulha, logo ele foi se enchendo com o sangue vinho de Lg - Você e os exames de hoje vão me ajudar a comprovar quem são pessoas reais e quem não são.
--- Por que eu?
--- Primeiro, porque tu é o filho do cara que também é pai do cara que tá causando tudo isso - disse o óbvio pegando mais um tubinho para encher de sangue, esse com uma etiqueta diferente do primeiro - segundo, você disse que tem uma parte de Luiz em você, com alguns exames talvez possamos identificar aqueles que tem o dedo de Luiz e terceiro, eu não quero tirar do meu sangue para o testes.
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Dias de Chuva| !Lapuh!
Romance[+14] |Lapuh| !Lg x !Apuh Lg não conseguia mais viver sem as suas amadas xícaras de café e Apuh tenta o convercer a domir. Perdido em pensamentos pertubadores, Lg observa a chuva molhar toda a cidade de Utopia com incertezas sobre o seu passado, p...