ARCO III
○AFAGOS○
Depois de pegarem as capas de chuva no cabide da delegacia, não que fizessem muita diferença já que tanto Apuh quanto Lg estavam execrados pela chuva. Eles foram para a prefeitura com a ajuda do bastão de voou de Apuh.
Dentro do grande prédio, Apuh procurou por algumas toalhas que pudessem ter em sua sala de prefeito e ao achar ela, jogou uma para Lg e rapidamente foi em busca de um giz branco para poder desenhar um círculo de transmutação no chão de madeira.
Por sorte, Apuh era um bom acumulador de coisas e foi fácil achar um giz branco no fundo de uma gaveta repleta de canetas velhas e sem tinta e borrachas pela metade.
Apuh conduziu Lg para a biblioteca onde teriam mais espaço e sem perder mais tempo, eles já estavam tremendo pelo frio das roupas molhadas e Lg estava com os seus lábios roxos pelo frio, Apuh riscou o ritual na madeira, pediu para que Lg se sentasse no meio de todo aquele desenho e o espadachim, todo escolhido na toalha e com os cabelos pingando não demorou para acatar a ordem.
Foi rápido, tão rápido que em um momento Lg tremia de frio e no outro sentia as suas roupas completamente secas, assim como o cabelo e sua pele não estava mais gelada.
Apuh repetiu o mesmo processo agora se colocando no centro do círculo de transmutação. Com o ritual desenhando perfeitamente e sem precisar realmente de alguma matéria para conseguir realizar a troca equivalente, o alquimista apenas apoio as duas mãos no chão tendo os seus joelhos e ponta dos pés como apoio para o corpo e transmutou a água na superfície de sua pele e em suas roupas em oxigênio.
Logo, ele e Lg estava seco e sem risco de ficar com a imunidade baixa.
Sem dizer muita coisa, eles secaram o piso molhado por onde passaram quando ainda estava enxercado pela chuva e no fim, quando ainda faltava duas horas para a próxima reunião e com a chuva ainda insistindo em cair por toda Utopia, Apuh pegou a mãos de Lg, o conduziu novamente pela biblioteca e os dois se deitaram um de frente para o outro no tapete felpudos que decorava o cômodo repleto de livros.
--- É tão legal ver você mexendo com essas coisas de alquimia – Lg sussurrou com os olhos cansados e apertando os dedos de sua mão – Você é tão bom alquimista menino Puh.
Apuh sorriu e com a sua mão livre, ele levou até a face de Lg, arrumando uma mecha de cabelo escuro que caia nos olhos magenta a pondo atrás da orelha e depois fazendo carinho com o dedão pela bochecha quentinha de seu jovem inconsequente.
--- Não tão bom como você é com as magias.
--- Não se compare, menino Puh. Você consegue fazer coisas incríveis com a alquimia.
--- E você consegue fazer coisas incríveis com a magia, Lajota.
Lg sorriu cansado. Sua mente ainda estava cheia mas com Apuh ao seu lado, as coisas começavam a ficar mais leves.
--- A Ametista Vermelha é o irmão do Pedrux – Lg sussurrou fechando os olhos e se concentrando no carinho que Apuh fazia em sua bochecha.
Sua cabeça doía, mas Lg estava disposto a acabar com tudo aquilo. Acabar com aquele passado que retomava para repetir novamente a mesma história.
--- Só precisamos saber quem é o irmão do Pedrux – Apuh disse e Lg franziu a sobrancelha sentindo uma pontada aguda na lateral de sua cabeça, uma enxaqueca dava os indícios de que iria começar a importuna-lo.
--- Eu tenho uma quase certeza de quem pode ser o irmão de Pedrux – Lg falou apertando a mãos de Apuh entre os seus dedos finos e levando a sua mão livre até a cintura do alquimista e senti que ele estava ali, em sua frente e que não o deixaria sozinho – eu apenas preciso confirmar com alguém primeiro.
--- Dark Lg?
Lg assentiu e suspirou agradecido quando a ponta dos dedos de Apuh subiram até a sua têmpora e massagearam a sua pele ali. Aliviava a dor de cabeça.
--- Está doendo? – Apuh perguntou preocupado.
--- Um pouco – Lg confirmou e puxou o corpo de Apuh para que ele se aproximasse mais. Os seus joelhos tocaram um no outro trazendo um arrepio na espinha para Lg que tentava se concentrar em outras coisas que não fosse o incomodo em sua cabeça – Mas já vai passar.
--- Tem certeza? Tenho um pouco de remédio se precisar. E acho que na copa deve ter algum sache de chá.
--- Não precisa se preocupar, menino Puh. Você é tudo o que eu preciso agora.
A chuva caia no lado de fora da prefeitura e a sinfonia da natureza preenchia a biblioteca silenciosa iluminada pelas lâmpadas amarelas no teto. Apuh respirava o cheiro de lavanda de Lg, gostando de sentir a mão do espadachim apertando a sua cintura e sempre tentando o trazer cada vez para mais perto, juntando os seus corpos e quase os transformando em uma só pessoa. Como também gostava de sentir a delicadeza da face de Lg e de ouvir os leves e quase inadiáveis suspiros de conforto.
Apuh via com experiência as sobrancelhas enrugadas e como alguém que sofria de dores crônicas em sua juventude, sabia como uma enxaqueca podia causar a mais feias caretas na cara da pessoa mais serena.
Apuh continuou fazendo a leve massagem na têmpora de Lg com a ponta de seu dedo anelar e médio e com o dedão, ele contornou a sobrancelha enrugada, trazendo a Lg um certo conforto com o carinho. Logo, a careta de incomodo pela dor de cabeça se desfez e ambas as sobrancelhas relaxaram-se da face calma de Lajota.
--- Dark Lg me disse que Luiz consegue se comunicar comigo – Lg começou a dizer mais relaxado, sentindo a respirando de Apuh bater fraquinho em seu nariz e o cheiro de eucalipto entorpecer a sua mente e relaxar os seus neurônios tão afoitos com tudo o que acontecia naquele dia – Ele consegue se comunicar comigo assim como todos os outros Lg que compõe o meu núcleo. Ele apareceu hoje para mim. Dark Lg suspeitava que Luiz começaria a aparecer a medida que eu me tornasse mais forte, ou a medida que eu fosse permitindo a sua passagem pela minha mente.
--- Você conseguiu permitir a entrada dele na sua mente?
--- Eu não sei – sussurrou com a voz baixa e abrindo levemente os olhos.
Apuh encarou aquelas duas joias magentas preciosas nos olhos de Lg e se esqueceu como se respirava por breves instantes. Aqueles olhos exóticos e belos pareciam ainda mais brilhantes, mas vivos e mais apaixonantes desde que se fecharam. Apuh conseguiu se enxergar nas pupilas que se dilatavam e pode ver em Lg como ele estava sorrindo como um bobo apaixonado.
--- Eu preciso descobrir mais sobre mim, mas não faço a menor ideia de como vou conseguir fazer isso.
--- Você vai conseguir, Lg, não se preocupe com isso.
--- Só espero conseguir me entender antes da batalha com Luiz acontecer – admitiu – O Lg da primeira Utopia falou que quando nós nos conhecemos eu estava aprendendo a dominar os meus poderes. Mas Luiz apagou a minha memória e agora eu não sei de nada.
--- Não vamos descobrir todo o seu potencial junto, minha nuvenzinha amante de café – Lg sorriu com o apelido – e vamos acabar com o Luiz. É uma promessa.
--- E o que está prometendo jamais poderá ser quebrado. A sua promessa se torna a minha promessa, Apuh.
☁️
Aroooooooooi meu povo! Como ceis tão? Bão? Tão no frio ou tão no calor? Aqui em São Paulo-Sp tá um friozinho que oiá! Do jeito que eu gosto ^^, moletom, suéter de lã, e bora!
Mano, @So_matt_mesmo , me fez uma pergunta enquanto eu esperava no consultória médico (Exame do Detran para começar a autoescola), me perguntando qual é o nome do Fandom daqui dos Dias de Chuva.....
Qual é o nome???? Não sei kkkkkk, ai mano, nunca cheguei a pensar em algum nome parar os leitores aqui kkk, Perguntei na aba de perguntas do perfil, e agora pergunto aqui qual o nome que vocês dão, bem, para vocês kkkkk Agora fiquei curiosa kkkkk
Ai, ai..... ai mano, me divirto muito com vocês kkkkkk Obrigade meus amores ^^
Tchau!
⭐Não se esqueçam de fazer a estrelinha Pânico brilhar⭐
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Dias de Chuva| !Lapuh!
Romance[+14] |Lapuh| !Lg x !Apuh Lg não conseguia mais viver sem as suas amadas xícaras de café e Apuh tenta o convercer a domir. Perdido em pensamentos pertubadores, Lg observa a chuva molhar toda a cidade de Utopia com incertezas sobre o seu passado, p...