ARCO III
○ASSUNTOS○
Enquanto a chuva não piorava e aproveitando que ainda faltava algumas horas para irem a delegacia pegar o depoimento de Pedrux, assim que Apuh se recompôs, eles deixaram a cafeteria e pararam embaixo do toldo da loja. Apuh estava segurando um Sheldon dorminhoco em seus braços e Lg deu um passo mais para frente ficando na calçada da sua loja, sentindo as gotas ralas da garoa. Ele ergue o braço e sob os olhar curioso de Apuh, o espadachim assobio e não demorou para que uma lâmina reluzente estivesse viajando pelas ruas de Utopia em uma grande velocidade. Por conta da chuva, não havia muitas pessoas pelas ruas e a viagem de Caliburne até as mãos de Lg foi tranquila.
Ao ter a espada de volta em sua pose, Lg ficou mais aliviado. Ela ainda estava jogada em um canto qualquer no laboratório escondido de Pedrux depois da luta. O cientista não conseguiu levar para o seu laboratório e Apuh muito menos.
Caliburn era leal á Lg e mantia a sua proteção, apesar que de uns tempos para cá Lg podia notar que a sua espada o rejeitava em alguns momentos de luta, como ela o rejeitou quando confrontou Jazz e descobriu a sua verdadeira identidade e na luta com Pedrux, se tornando pesada o bastante para atrapalhar os seus golpes.
Mas isso era questão para algum outro momento.
--- Acho incrível essa sua habilidade com a espada - Apuh elogiou olhando para a lâmina reluzente de Caliburne - é maravilhoso!
Lg sorriu tímido e a guardou em sua cintura.
--- Ela é uma ótima arma de combate, Caliburn é quem merece os créditos.
Embaixo da garota mesmo, Apuh e Lg decidiram ir para a casa do alquimista preparar algo para eles poderem almoçarem, falarem com Merlim e deixarem Sheldon sossegado. A galinha poderia começar a se estressar caso acompanhasse a rotina do dia daqueles dois.
Com o cajado de voo, Apuh o levou até a sua casa nas montanhas. A garoa ainda não tinha chegado por lá, então não foi estranho ver Merlim sentado em frente a sua casa tomando uma xícara de chá de camomila.
Apuh acenou para ele e Lg gritou o seu nome. O senhorzinho apenas sorriu e retribuiu o gesto simpático voltando a encarar a paisagem e tomar o seu chá.
Apuh abriu a casa e tossiu um pouco ao sentir o cheiro de casa fechada. O nariz sensível de Lg se incomodou com a fina camada de poeira que estava sob os móveis e Apuh se envergonhou por aquilo.
Passar uma semana fora de casa, a deixando completamente trancada sem vir monitorá-la, acontecia esse tipo de coisa.
--- Acabei de me lembrar que provavelmente não vou ter nada pronto para comer - disse o alquimista indo até a sua geladeira encontrando apenas garrafas de água, sachês de katchup e mostarda nos compartimentos onde deveriam estar os ovos e a metade de um limão na porta da geladeira - acabei levando tudo para a casa de Merlim depois de ter resgatar.
--- Podemos ir almoçar no Ratadeiro, então - sugeriu Lg - na minha casa também não vai ter muita coisa, e se tiver, provavelmente já deve ter estragado.
Apuh fez uma careta com nojo e Lg apenas o mostrou a língua revirando os olhos.
--- E se você não morasse tão longe da cidade ou tivesse ruas decentes para cá podíamos pedir comidas - constou Lg com as mãos na cintura - mas não, você preferiu se tornar um eremita e viver longe de todo mundo!
--- Olha quem fala! - Apuh revidou - A sua casa também não é uma das mais próximas da cidade.
--- Mas pelo menos tem um caminho decente para chegar até ela - respondeu com o nariz em pé - minha casa é de fácil acesso diferente da sua que fica onde judas perdeu a botas em cima de uma montanha!
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Dias de Chuva| !Lapuh!
Romansa[+14] |Lapuh| !Lg x !Apuh Lg não conseguia mais viver sem as suas amadas xícaras de café e Apuh tenta o convercer a domir. Perdido em pensamentos pertubadores, Lg observa a chuva molhar toda a cidade de Utopia com incertezas sobre o seu passado, p...