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ARCO II

CHAMADO

Lg voltou a se sentar em sua cadeira, ainda segurando a mão de Apuh.

--- O que ele te contou sobre TopCity? - Lg perguntou temendo a resposta de Apuh.

--- Ele me contou que a cidade caiu em caos, e que a culpa de toda aquela destruição foi causada por alguém chamada Coelho Dourado e que esse tal Coelho Dourado usou de alguém para conseguir realizar a sua missão.

Lg abaixou a cabeça e ecarou as suas coxas encobertas pela calça grande marrom. Apuh, por outro lado aproximou as cadeiras e com a mão livre, ergueu o rosto de Lg delicadamente segurado o seu queixo. O dedão do alquimita acariciou a parte de baixo do queixo e guiu a mão pelo pescoço do espadachim até os dedos estarem na nuca de Lg brincando com os cabelinhos escuros.

--- Pedrux me disse que foi um Lggj. Não gostei da maneira como ele disse aquilo. Ele parecia jogar a culpa toda em você, mesmo você não tendo culpa de nada. Não sou um especialista em saúde mental mas dá para perceber que Pedrux não consegue distinguir você do outro Lg que destruiu a cidade.

Lg mordeu os lábios nevoso e apertou ainda mais a mão de Apuh sobre a mesa.

--- Aquele Lg não destruiu a cidade - sussurrou e piscou os olhos, se lembrado do momento que ficou ao lado de Dark Lg apreciando a lua. As coisas não mais podiam ser lidas apenas como preto e branco, sim ou não. - E não existe apenas dois lados da historia.

Apuh sorriu compreendido e concordou.

--- Sei que você em muita coisa para me contar - revelou o alquimista trazendo a mãos de Lg até os seus lábios e selando os dedos finos - Você sussurrou coisas quando estava dormindo.

--- Eu tenho muita coisa para contar - concordou - mas antes preciso saber se você está realmente bem e o que aconteceu. O que aconteceu depois que e desmaiei e por que eu fui parar no laboratório de Pedrux.

Mesmo com as sombrancelhas relaxadas, Apuh apertou a mandibula pela menção do nome do cientista e de seu laboratório.

"Pedrux se mantia firme em sua posição e Aprux em sua mente o alertava sobre a falta de carga de ametistas e na contagem regressiva de seu braço mecânico que iria se desligar a qualquer momento se ele continuasse a força-lo com o uso de raios roxos.

--- Você sabe sobre a Ametista Vermelha? - voltou a perguntar como um disco arranhando e Apuh apenas negou com fogo nos olhos.

Aos poucos, Pedrux foi abaixando o braço robótico, deixando Apuh de fora da mira de seu lazer. O prefeito o viu com os olhos  atentos e protegendo o corpo de Lg em seus braços, Apuh contava o segundos para sair dali e dá a voz de prisão  para Pedrux.

Mas mesmo sem o braço mecânico, o cientista ainda tinha certos truques na manga."

--- Quando Pedrux abaixou aquele braço, eu só conseguir ver ele colocando a mão no bolso e jogando algo que parecia um pó em mim. Eu apaguei no chão do láboratorio e quando acordei, você não estava mais lá. Eu, eu não consegui te proteger...

As palavras engasgaram-se na boca de Apuh e Lg apertou mais a mão do alquimista. Com sua mão livre, Lg levou os dedos finos até a franja de Apuh, penteando os fios para trás e tocando levemente no curativo da têmpora.

Os olhos de ébano brilhavam em lágrimas ainda não caidas.

--- Mas você me resgatou.

--- Não foi o suficiente - Apuh confessou com a voz quebrada - se eu tivesse sido mais forte, ter a coragem de enfretar Pedrux, você não teria sido atigindo por ele.

Dias de Chuva| !Lapuh!Onde histórias criam vida. Descubra agora