ARCO III
○ASSUNTOS○
No silêncio do andar de cima da cafeteria, Apuh e Lg ficaram juntinhos no banco acolchoado observando a cidade pela janela do prédio.
Apuh se escorou nos ombros de Lg quase deitando no peito do espadachim. Ele estava com uma das suas mãos entrelaçadas com os dedos fino de Lg, e o espadachim, por outro lado, aproveitava o contato dos corpo para respirar mais da gostasa fragrância de eucalipto de Apuh, fungando no pescoço do prefeito e fazendo carinho nos cabelos ruivo com a sua mão livre.
Lg sentia o seu coração bater tranquilo em seu peito e o seu núcleo pulsar apaixonado por Apuh. Lg fechou os olhos conforme ia respirando mais e mais a fragrância refrescante de Apuh, amando como aquela sensação de paz reverberava por todo o seu corpo mesmo num momento tão tenso como aquele.
Lg encontrava a paz em Apuh.
--- Estava pensando e alguns feitiços - Lg sussurrou e ouviu um sonoro hm de Apuh e continou - Posso estar enganado mas tem um ritual de localização em um dos meus livros. Talvez eu consiga localizar Luiz e levar a batalha até ele antes que ele venha até nós.
--- Isso resolveria todas as nossas preocupações - sussurrou Apuh meio sonolento e com os olhos fechado - Se sabermos de sua localização, estaremos na vatangem.
--- Aquele Lg da antiga Utopia disse que Luiz é como um escritor. O quão longe um escritor pode estar da sua história? Ou o quão perto? Ele estaria observando a gente agora? Ou apenas deixando as coisas acontecerem até ele decidir iniciar o climax da história.
--- Você não disse que aquele Lg só descobriu da existência de Luiz quando ele próprio se revelou e acabou o mantando - Lg concordou - Penso que Luiz irá se entendiar em algum momento e vir para o ataque. Escritores planejam as suas historias na maioria das vezes, e historias tem começo, meio e fim.
--- Será que já estamos chegando no fim da nossa?
--- Meu coração diz que não, mas a minha razão diz que sim - Apuh refletiu e se levantou para poder encarar os olhos magentas - Já se passaram 6 meses desde que todos chegaram na cidade. A cidade se desenvolveu, houve eleições, lojas novas, situações estressantes e tristes. E agora a cidade está começando a se expandir com a chegada de mais gente. Não sou um expecter em roteiros mas já li vários livros na minha vida e posso dizer que quando as coisas estão calmas, é porque algo ruim logo mais vai acontecer.
Lg sentiu os seus ombros se encolherem e uma feição triste tomou a sua face.
--- Eu estou com medo - confessou o espadachim apertando a mão de Apuh com os seus dedos finos - medo de não conseguir derrotar Luiz e acabar perdendo toda a cidade, todos os nosso amigos e você.
Apuh tentou sorrir, mas aquilo que Lg dizia também era algo que o aflingia. Não tinha como negar, ele também estava com medo, mas como prefeito de Utopia, ele não se permitia sentir tal emoção. Apuh foi quem o povo elegeu para liderar a cidade e vacilos e delizes como demostração de medo não poderiam ser coisas que Apuh poderia ser dar ao luxo de sentir.
Mas os olhos atentos de Lg percebia tudo o que Apuh tentava essconder.
--- É normal sentir medo - Lg disse com a voz calma, tanto para si quanto para Apuh - mostra que temos algo por quem lutar.
Apuh concordou e crispou os lábios. Ele respirou fundo e tentou conter as lágrimas que inundaram os seus olhos.
Apuh estava com medo, e como estava. Perder a cidade, perder os seus amigos, perde Lg, perde tudo por um capricho de uma entidade que gostava de brincar de escritor. Aquilo era terrível e Apuh não conseguiria lidar com aquilo por muito mais tempo: esconder as suas emoções.
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Dias de Chuva| !Lapuh!
Romansa[+14] |Lapuh| !Lg x !Apuh Lg não conseguia mais viver sem as suas amadas xícaras de café e Apuh tenta o convercer a domir. Perdido em pensamentos pertubadores, Lg observa a chuva molhar toda a cidade de Utopia com incertezas sobre o seu passado, p...