Herança Sombria - Harry Potter ( Traduçoes )

Capítulo Sessenta e Oito: Mudança no horizonte

Harry ainda estava exilado do Castelo Negro devido à presença do medalhão de Slytherin no cofre, e foi para Grimmauld Place que ele se retirou com seus guardiões. O trio não falava muito desde que deixara Hogwarts, e Harry praticamente se deitou na cama depois de escovar os dentes e vestir o pijama.

Seu sono foi atormentado por pesadelos; sonhos assustadoramente realistas nos quais ele não lutou com sucesso contra o Broom Jinx como na realidade e, em vez disso, caiu do céu. Ele acordou repetidamente com a terrível sensação de cair, levando-o à vigília. Na terceira vez que isso aconteceu, ele se sentou ereto na cama, a risada zombeteira de Quirrell em seus ouvidos. Um barulho próximo fez sua mão disparar sob o travesseiro, e com a varinha na mão ele apontou para o barulho ameaçadoramente, um feitiço em seus lábios.

Ele rapidamente largou a varinha quando percebeu que era Monstro parado ao lado de sua cama, o coração disparado ao perceber que quase lançara um feitiço contra o leal elfo doméstico em seu pânico.

"O jovem mestre está preocupado", declarou Monstro, aparentemente não afetado por apenas ter uma varinha apontada diretamente para sua cabeça.

"Morgana, Monstro, sinto muito", Harry sussurrou no silêncio escuro da sala.

"Monstro esteja preparando uma Poção do Sono Sem Sonhos," o elfo doméstico afirmou, segurando uma xícara fumegante de chá, sem dúvida misturada com a poção.

Comovido com a consideração e o cuidado com que o elfo doméstico cuidou dele, Harry sussurrou: "Obrigado, Monstro."

Ele estendeu a mão, pegando a xícara e o pires. Não havia necessidade de soprar para esfriar - Monstro já havia providenciado para que fosse a temperatura perfeita para ele.

Espontaneamente, lágrimas brotaram de seus olhos com a pequena gentileza, e ele as enxugou furiosamente com a mão livre. Ele se sentia tão vulnerável, mesmo estando seguro em sua própria casa, cercado por aqueles que se importavam com ele.

"Beba sua poção e Monstro cuidará de você pelo resto da noite," o elfo doméstico murmurou. "Nenhum mal acontecerá ao jovem mestre."

Harry estendeu a mão e Monstro gentilmente a pegou entre as suas próprias mãos minúsculas, acariciando-a gentilmente em um padrão reconfortante. Harry bebeu o chá misturado com a Poção do Sono Sem Sonhos, colocando a xícara e o pires ao lado da cama assim que terminou.

Ele logo sentiu o peso se arrastando em suas pálpebras, a sonolência induzida pela poção puxando-o para o esquecimento. Ele adormeceu com a mão ainda entrelaçada com a de Monstro, o elfo doméstico finalmente colocando-o sob as cobertas.

Ele cuidou de seu jovem pupilo até que o primeiro toque do amanhecer penetrou no quarto, e Sirius silenciosamente abriu a porta do quarto e olhou para dentro.

Ele piscou surpreso ao ver Monstro presente na sala, uma pergunta não dita em seu rosto, embora ele segurasse a língua, sem dúvida para evitar acordar Harry.

No entanto, Harry estava em um sono induzido, então Monstro falou: "O jovem mestre está tendo pesadelos. Monstro preparou a Poção do Sono Sem Sonhos."

O rosto de Sirius caiu ao perceber que Harry estava sofrendo silenciosamente apenas alguns quartos abaixo e ele não estava ciente. Ele se sentiu seguro de sua decisão de insistir para que Harry voltasse para casa ontem à noite, ao invés de ficar na escola.

"Eu não poderia pedir um protetor melhor para Harry," Sirius murmurou, com sinceridade enquanto olhava para o elfo doméstico. "Obrigado."

"Monstro está fazendo seu trabalho," o elfo doméstico fungou. Mas a maneira carinhosa como ele olhou para o rosto adormecido de Harry deixou Sirius ainda mais agradecido.