Capítulo Quinze: A semana mais movimentada do ano

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Sirius Black estava sentado no canto de sua cela sem fazer quase nada quando o frio revelador sinalizou que um dementador estava se aproximando pelo corredor estreito em direção a sua cela.

Cerrando os dentes, Sirius preparou-se para a chegada da criatura, fazendo contato visual com seu vizinho, que tinha uma careta semelhante em seu próprio rosto.

Fechando os olhos com força, Sirius inspirou e expirou lentamente. Ele sabia que a criatura estava do lado de fora de sua cela quando o ar pareceu congelar em seus pulmões e cada respiração se tornou dolorosa. Ele ouviu a criatura sussurrar em sua voz não natural, "Visitante, Black."

Impressionantes olhos cinzentos se abrindo em choque, Sirius olhou rapidamente para a entrada da cela, olhando através das barras para ver o dementador esperado, mas também um visitante inesperado.

O dementador deslizou para longe silenciosamente, levando consigo aquela sensação horrível de pavor.

"A que devo o prazer de uma visita sua depois de quase sete anos," Sirius perguntou com a voz rouca pelo desuso.

Albus Dumbledore estava parado nas grades de sua cela, olhos azuis penetrantes fixos nele por trás de seus familiares óculos meia-lua.

O homem puxou sua varinha, acenando ao seu redor e, sem dúvida, estabelecendo uma proteção de privacidade ao redor deles para que ninguém mais pudesse ver ou ouvir. Uma vez que o espaço estava seguro, Dumbledore se inclinou, pegando os olhos de Sirius com os seus.

"Você era o guardião do segredo de James e Lily?"

Mantendo contato visual, Sirius respondeu com os dentes cerrados, "Não. Pedro Pettigrew era. Ele os traiu.

Dumbledore usou o contato visual para mergulhar na mente de Sirius, que não ofereceu resistência, embora soubesse que o homem era um oclumente talentoso. Seu tempo em Azkaban havia esfarrapado os limites de sua mente, então Dumbledore apenas folheou o que precisava, retirando-se assim que estivesse satisfeito.

Seu rosto imediatamente caiu e ele declarou tristemente: "Perdoe-me, meu menino. Eu falhei com você gravemente.

Sirius não disse nada, observando o homem com uma expressão vazia em seu rosto magro. Seus olhos cinzentos brilhavam nas sombras da cela, aureolados em sua massa de cabelo preto emaranhado que caía quase até os cotovelos.

Dumbledore suspirou como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros, erguendo as mãos para agarrar as grades da cela de Sirius.

"Você vai me dizer o que realmente aconteceu naquela noite?"

Sirius rolou a cabeça para trás de modo que ela bateu na pedra atrás dele, mantendo contato visual ininterrupto o tempo todo com Dumbledore.

"Eu vou te dizer, se você me disser por que está aqui, depois de todo esse tempo, Albus."

"Harry, é por isso que estou aqui", disse Alvo.

Sirius sentou-se imediatamente, sem qualquer aparência de calma.

"Ora, ele está bem?" ele perguntou desesperadamente, tropeçando em seus pés. Seus trapos de prisioneiro pendiam de seu corpo magro, fazendo-o parecer pequeno, embora fosse um homem alto.

Alvo soltou as barras, erguendo as mãos como se pudesse transmitir calma a Sirius com o mero movimento. "Ele está bem, por enquanto. Mas ele está sob custódia temporária de Gareth Greengrass, um bruxo das trevas. Um Teste de Herança acabou de ser realizado e deixa você ou seu avô como seus possíveis guardiões. Assumindo um tom gentil e avô, Dumbledore perguntou: "Sirius, meu garoto, por que você adotou Harry magicamente?"

Herança Sombria - Harry Potter ( Traduçoes )Onde histórias criam vida. Descubra agora