O corpo de Alec tremia quando seus joelhos tocaram o chão frio do pátio. O peso da guerra, da morte e das escolhas que fizera esmagava seus ombros. Ele estava exausto, física e emocionalmente.
Draco ajoelhou-se ao seu lado, sem dizer uma palavra, apenas segurando sua mão com firmeza. Luna pousou uma mão suave em seu ombro, como se tentasse transmitir alguma paz no meio daquele caos. Alec, no entanto, não sentia vitória. Seu olhar estava preso ao corpo de Regulus, os olhos apagados, a pele pálida demais contra o contraste do sangue no chão. Tudo o que ele fez, todas as decisões que tomou para derrotar Voldemort… No final, não conseguiu salvá-lo.
Isso não era para ter acontecido.
Passos ecoaram pelo pátio destruído. Sua família se aproximava.
Sua mãe caiu de joelhos ao seu lado, os braços envolvendo-o em um abraço apertado. Ela chorava contra seu ombro, os dedos tremendo ao segurá-lo, como se tivesse medo de que ele desaparecesse também.
Seu pai ficou de pé, observando-o com olhos sombrios. Ele não disse nada, mas assentiu lentamente, um gesto pequeno, mas cheio de significado.
Alec queria dizer algo. Queria pedir desculpas, queria gritar, queria dizer que nada daquilo valia a pena se pessoas como Regulus ainda morriam. Mas as palavras se recusavam a sair.
Então ele olhou para o horizonte.
O céu, antes coberto por uma escuridão sufocante, começava a clarear. Tons suaves de azul e dourado pintavam o horizonte, espantando as últimas sombras da noite.
A batalha acabou.
A guerra acabou.
Mas o vazio dentro dele ainda parecia interminável.
🐈⬛🐉
O Grande Salão, transformado em um hospital improvisado, estava tomado por um silêncio pesado, quebrado apenas pelos soluços abafados e murmúrios de dor. Filas de corpos estendiam-se pelo chão frio, alguns cobertos por lençóis brancos, outros cercados por entes queridos que ainda tentavam aceitar a realidade. O cheiro de poeira, sangue e magia queimada impregnava o ar, tornando cada respiração um lembrete da devastação que acabara de acontecer.
Alec mal conseguia manter os olhos abertos enquanto avançava pelo salão, apoiado em Draco. Seu corpo doía, a Marca Negra ainda latejava como brasa viva em seu braço. Mas nada disso importou quando seus olhos captaram uma figura ajoelhada perto de um corpo ruivo.
O mundo ao seu redor desapareceu.
-- Não… não, não, não… - a voz escapou dele em um sussurro, o desespero subindo por sua garganta.
Theodore Nott estava de joelhos ao lado de George Weasley, as mãos sujas de sangue pressionando um ferimento em seu abdômen. O sonserino tremia, o rosto pálido e tenso de pânico.
-- Aguenta firme, por favor… - Theodore murmurava, a voz rouca - Você sempre tem uma piada pra tudo, então... agora não é hora de ficar quieto, George, porra!
E de repente, um grito cortou o ambiente.
-- George!
Molly Weasley avançou como um furacão, caindo de joelhos ao lado do filho. Seu rosto estava manchado de lágrimas e sujeira, as mãos tremendo ao tocarem o rosto dele.
-- Meu menino… não… não!
Arthur veio logo atrás, o rosto mais pálido do que Alec jamais vira. Ele colocou as mãos nos ombros de Molly, como se pudesse segurá-la antes que ela desmoronasse por completo.

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I Wanna Be Yours || Draco Malfoy
FantasíaDesde pequeno, Alexander Weasley achou que seria igual aos seus irmãos. Seus sete irmãos que eram gentis, amigáveis e corajosos, todos seguindo as tradições da família. Até que com onze anos, sua vida toma um rumo diferente quando na cerimônia do c...