POR UM ERRO COMETIDO...

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NARRADOR:

Assim que alcançou o homem, ao adentrarem uma sala e ela não possuir saída, ele mirou a arma na empresária.

-Não vou deixar que me mate, ok? - ele argumentou.

-Não pode me impedir. - ela sorriu fraco.

Maiara com a arma mirada em Rio permaneceu em silêncio, tentando buscar a mão com a arma como alvo e não errar o tiro que daria.

-Podemos resolver isso? De outra forma, não acha?

-Não. - respondeu calma. - Você iria destruir minha vida, da minha noiva e das minhas filhas. Eu não posso te deixar ir... é a reputação da minha família.

Depois de um tempo, enquanto ambos discutiam de maneira paciente, um tiro foi ouvido quando Rio reagiu de maneira brusca... Maiara acertou sua mão impedindo que ele atingisse sua irmã, e rapidamente o grito de dor em lamentação foi ouvido.

Rio ajoelhou-se e levou a mão livre sobre aquela que havia sido ferida, tentando pressionar o sangramento e de alguma forma diminuir a dor.

-Eu disse que te mataria... - a morena se abaixou segurando em seu pescoço enquanto ele permanecia de joelhos.

O enforcando, enquanto de maneira explícita ele tentava retirar sua mão. Maraísa olhava em seus olhos, enquanto o via já perder o ar e seus olhos começavam a marejar.

-Podia ter sido diferente. - ela comentou aumentando a pressão em sua garganta.

Rio abriu a boca tentando buscar ar, vendo que já estava sem forças, parou de tentar retirar a mão de Maraísa do seu corpo.

-Você cometeu um erro... - ele comunicou antes dos disparos serem ouvidos.

Ao atirar na mão de Rio, a arma caiu no chão. Ao parar de tentar impedir Maraísa, pode buscar o objeto no chão em um ato rápido, e sequencialmente disparar contra o abdômen da empresária. Maraísa realmente havia cometido um erro...

E agora, se sentia tão burra...

-Seu... idiota. - ela disse com dificuldade ao observar o sorriso surgir nos lábios dele.

Ainda estável Maraísa segurou sua mão ferida, pressionando o ferimento o fazendo gritar e soltar a arma no chão outra vez, para impedi-lo de machucá-la ainda mais. A morena pegou com dificuldade, atirando sequencialmente em sua cabeça até que as balas acabassem.

(...)

-Pode cuidar delas pra mim? - questionou a morena assim que tentou andar e não conseguiu, em extinto Maiara correu em sua direção.

Maraísa caiu de joelhos no chão, com a mão sobre um dos ferimentos, que já sangrava sem parar.

-Os papéis do casamento estão no cofre, faça com que Marília assine e oficialize isso. Isso vai garantir que a mamãe não a retire da família pela ganância que carrega, dê a Marília toda riqueza que pertence a mim. - disse ainda sem dificuldade, mas com uma expressão de dor. - Eu fiz o papel da guarda... Henrique pode assinar por mim, bem, eu burlei isso com a ajuda de um juiz, ontem. Dê a guarda a ela, as intenções de Marília com as minhas filhas são puras, eu confio nela portanto você deve confiar também.

Maiara pegou a irmã nos braços antes que caísse ao chão. Com os olhos já lacrimejados, tentava segurar o choro.

-Você vai dar a ela. - Maiara tentou argumentar.

-Não a deixe sozinha, ok? Ela tem medo... - pediu assim que Maiara tocou seu rosto.

Maraísa engoliu em seco, sentindo sua pressão começar a baixar, e seu corpo ainda quente sentir frio.

-E quando o bebê nascer... diga que eu adoraria conhecê-lo. - ela sorriu fraco, com a visão falha e a voz embargada.

Maiara a colocou em uma posição melhor, praticamente a abraçando. Podia sentir ainda o cheiro forte de Maraísa inebriar cada pensamento seu e o medo percorrer todo seu corpo.

-Você não pode me deixar sozinha, não me preparou pra isso. - a mais nova disse chorosa. - Quero ver você se casando e sorrindo como uma idiota todos os dias pela manhã, como vem fazendo ultimamente.

Maraísa já fraca, tentou se manter em silêncio, guiando uma das mãos ao rosto de Maiara e mesmo com a visão embaçada, tentou olhá-la e guardar sua feição na memória.

-Não sinta medo... - ela sussurrou falha. - Pois eu não sinto.

Maiara já vendo que Maraísa não tinha forças, colocou sua mão sobre a dela ajudando-a pressionar o ferimento.

-Acho que temos pouco tempo... - ela disse. - E... e eu queria dizer que te amo. - relatou com dificuldade.

Já fechava os olhos involuntariamente, tentando manter-se acordada.

-E se não tiver nada depois daqui? - questionou aparentemente curiosa com a morte. - Nenhuma paz... Somente escuridão?

-Vamos enfrentá-la juntas, como sempre. Vou estar com você. - disse enquanto acariciava o rosto da irmã em seus braços.

-Eu não mereço o amor que você me dá, irmã... - ela disse falha, tentando se despedir. - Mas eu agradeço muito, de coração.

-Foi uma aventura gloriosa, Mara. - despediu-se mesmo não querendo. - Foi uma grande honra. - finalizou em baixo tom ao ver a irmã fechar os olhos, por não conseguir mais mantê-los abertos.

Maraísa gemeu de dor, fazendo Maiara não conter o choro.

-Acho que preciso ir... - sussurrou ao ouvido da irmã assim que Maiara se abraçou a ela. - Cuida do amor da minha vida... - ela pediu outra vez, muito baixo, antes que sua respiração se tornasse quase não notável.

(...)

Maiara ergueu o olhar e ao ver o sofrimento exalar de Marco, que sequencialmente se ajoelhou ao chão, sussurrou desculpas a ele... por mais que a culpa não fosse sua.

-Não... não... - a garota de cabelos vermelhos se ajoelhou ao lado de Maiara, ajudando-a segurar a irmã nos braços. - Chama uma ambulância! Vai, Maiara! - ela praticamente gritou.

(...)

Maiara estava ao telefone, enquanto escutava a chamada iniciada para a noiva da irmã que estava nos braços de Marco, enquanto aguardavam a ambulância já na parte de fora do bunker, para que não vissem as mortes lá dentro.

LIGAÇÃO ON:

-Maiara? - Marília chamou ao achar que a ruiva não a ouvia.

-Oi, pequena... - soou carinhosa, mas  controlada.

-Eu já estava quase ligando pra você, então... escuta, você tem que manter a Maraísa mais alguns dias aí. Eu sei que ela é teimosa, ok? Mas precisa fazer isso por nós. Bem... eu organizei uma surpresa pra ela, acho que ela vai gostar.

-Ei... -Ela soou rouca. -É...

Maiara buscava palavras, mas enquanto fazia isso Marília ficou atenta podendo ouvir o barulho da sirene, de fundo, do telefone. Pode se desesperar internamente e fazer milhares de suposições em sua cabeça...

-Eu sinto muito. - sussurrou com a voz chorosa.

-Cadê ela, Maiara, ela prometeu que voltaria pra mim... - a voz chorosa da loira foi ouvida.
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DE NOVO, MARAÍSA NOS FAZENDO SOFRER...🤧

SERA QUE ELA VAI REALMENTE MORRER DESSA VEZ?
COMENTEM...

LÁ MARFIA -MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora