TUOR

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MARAÍSA

Levei Marília aos lugares mais lindos e magníficos de Los Angeles, enquanto ficamos lá nos seguintes dois dias. Eu prestigiei cada sorriso genuíno seu, cada ação milimetricamente espontânea.

Começamos pelo tour indispensável para os amantes do cinema, o local onde anualmente ocorria a cerimônia do Oscar. O Dolby Theatre, um teatro que por incrível que pareça fica dentro de um shopping center, onde anualmente na premiação é "camuflado" para ganhar ar mais glamouroso. O tour demorou cerca de 30 minutos, porém foi mais que o suficiente pra manter Marília atenta.

Seguidamente fomos ao LACMA, o maior museu da costa oeste dos Estados Unidos

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Seguidamente fomos ao LACMA, o maior museu da costa oeste dos Estados Unidos. Ele abriga uma enorme coleção de obras de arte que vão através da história, ainda sendo palco para shows e exibição de filmes.

E no fim fomos ao Walt Disney Concert Hall

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E no fim fomos ao Walt Disney Concert Hall. É uma casa de espetáculos iniciada pela esposa de Walt Disney após a morte dele. Uma visita ao seu interior vale cada segundo passado lá, circulando entre seus palcos e seus jardins.

Revisitei e a fiz conhecer os lugares mais belos de Los Angeles

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Revisitei e a fiz conhecer os lugares mais belos de Los Angeles. Aqueles que ela tinha interesse, obviamente. Área cultural e histórica lhe chamava bem atenção. Marília tinha um gosto refinado, e isso era apaixonante.

No nosso último dia, pela manhã, fizemos uns gastos exacerbados na Rodeo Divre, uma longa rua de Beverly Hills, famosa por suas marcas de grife e a frequência de celebridades. Uma das áreas mais caras do mundo, qual eu insisti a Marília que gastássemos algumas centenas de milhares de dólares que não me fariam falta. E durante o almoço, como embarcaríamos no início da noite... A levei ao Nobu Malibu, um dos meus restaurantes favoritos de Malibu. Com comidas típicas japonesas e épicas, ainda mais com a vista bela que se tinha do Oceano Pacífico.

(...)

-Viu, eu sou uma pessoa cultua! - relatei enquanto caminhávamos em direção ao observatório Griffith Park.

Antes de concluirmos, avistei um garoto vendendo algumas rosas e como uma adolescente em seus momentos de impulsos fiz algo que soou romântico. Comprei uma e entreguei a loira, que sorriu esplendidamente apaixonante.

-Cultua e romântica. - ela mencionou ao me abraçar, quando encontramos o ponto específico que dava de visualizar bem o letreiro de Hollywood.

Eu apenas sorri de canto, mantendo-a abraçada a mim. O fim de tarde chegava e podemos observar o por do sol, enquanto eu ainda tinha-a em meus braços. Deixei beijos demorados em seu rosto enquanto ela olhava encantada pra tudo aquilo. Marília era uma pessoa especial e eu a queria em todos os momentos da minha vida, até que eu desse o último suspiro.

-Bem, acho que Los Angeles tem suas partes boas. - ela mencionou e eu sorri de canto.

-Com você aqui, sim. - relatei sincera.

-Antes de mim, não era bom? - ela questionou paciente, me observando.

-Me deixava entretida, porém, não era bom. - expliquei. - Eu não cheguei a passar mais de quinze minutos em um só lugar, me entediava.

Ela assentiu milimetricamente e sorrimos fraco, de forma espontânea. Sua mão delicada tocou meu rosto e em seguida pude sentir seus lábios nos meus, em um beijo lento, demorado e atrativo. Era como pisar as nuvens e retornar ao chão em questão de segundos. Senti o carinho leve em meu rosto assim que nos afastamos, ela me olhou por alguns segundos e eu tive certeza de que ela era a única coisa que me roubava total atenção no mundo. Além das nossas filhas.

Caminhamos de volta para o carro, e enquanto eu dirigia de volta a cobertura, Marília tinha a mão repousada em minha perna. Apenas tomaríamos um banho rápido e iríamos para o aeroporto, logo estaríamos em casa outra vez. Eu só veria as meninas lá, e confesso que já estava quase morrendo de saudades.

MARÍLIA

Maraísa me passava o sentimento de que enquanto ela estivesse comigo, ninguém me machucaria. Era perfeito estar com ela, era como se o tempo não passasse e nós estivéssemos presas no nosso próprio mundo.

(...)

Assim que adentramos o jato, nos mantivemos nas últimas poltronas. Marco se manteve silencioso com os fones de ouvido, já meus pais estavam extremamente cansados, Anitta ainda trabalhava no notebook, e Maiara tanto quanto Luísa estavam notoriamente sonolentas. Fora Arielle, que mal sentou-se e já dormia.

Maraísa passou longos minutos olhando pro irmão que tinha uma expressão indecifrável pra mim, porém sua postura era de quem estava frustrado. Até decidir esquecer o orgulho e ir até ele.

MARCO

Me espantei com Maraísa sentando-se ao meu lado e sequencialmente tirando o objeto tecnológico via bluetooth do meu ouvido.

-O que foi garota? - questionei e ela sorriu de canto.

-Desculpa. - ela soou paciente. - Não pro tirar o fone, logicamente.

Era sempre assim, discutíamos horrores e depois voltávamos a nos dar bem. Eu era sempre o irmão do contra, aquele que discordava dela e de Maiara muitas vezes, devido a isso quase sempre estávamos em briga.

-É só que... sabemos do passado de Maiara e te ver apoiar a Almira assim, depois de tudo que ela fez, foi um pouco... - ela tentou buscar uma palavra específica, para não me magoar.

-Egoista. -Completei.

É, havia sido de fato egoísta. Talvez eu estivesse eufórico demais no momento pra conciliar de que realmente foi algo pensado. Eu ainda esperava no fundo que Almira fosse uma pessoa confiável. Bem... Eu estava errado.

-Se a ama, tudo bem. Eu também a amo, mas acho que é melhor quando ela está longe de nós. -Ela explicou.

-Sei disso. - relatei e ela tocou minha mão, entrelaçando-a com a sua. 

Eu era o que ainda insistia na causa perdida que nossa mãe era, entretanto Maiara e Maraísa estavam certas. Meu posicionamento foi egoísta. E Almira de fato, nunca mudaria.

-Eu sempre vou proteger você e a Maiara, não importa de quem seja, entendeu? - ela indagou, me olhando nos olhos, e eu assenti. - Mesmo que as vezes você ache que esteja certo. - ela soou convicta. - Não quero e nunca vou anular o seus sentimentos ou o seu ponto de vista diferente do nosso, mas em hipótese alguma abrirei mão da segurança da nossa família.

Mesmo com seu jeito bruto e as vezes violento, Maraísa sempre cuidou de nós. Mesmo que eu discordasse dela e muitas vezes ficasse contra ela. No fim ela sempre sabia o que era melhor pra mim e pra Maiara. Talvez por ter vivenciado tudo isso de uma maneira mais intensa, ser a filha mais velha deu e ainda dava a ela responsabilidades que nem eu ou Maiara tínhamos.

-Mas não mataria a mamãe, não é? - questionei duvidoso e ela negou rapidamente.

-Não, eu não a mataria de maneira alguma. Porém não aceito que ela retorne a minha vida, depois de tudo que fez. - explicou. - Se quiser manter contato com ela, por mim tudo bem. Mas não peça que eu a aceite de volta.

MARÍLIA

Depois de um tempo Maraísa voltou pra mim. Parecia mais tranquila que antes. A morena sentou-se e deitou a cabeça em meu ombro. Bem... em breve estaríamos em Minnesota outra vez.

LÁ MARFIA -MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora