MARÍLIA
Maraísa já se preparava para irmos embora, enquanto isso eu a esperava no corredor, encostada próxima a uma porta que dava acesso a uma sala vazia. A figura masculina foi avistada por mim, os olhos azuis estavam escuros e me encaravam com devoção.
-Podemos conversar? - Henrique questionou de maneira formal.
-Não temos nada pra conversar. - recusei.
-Eu acho que temos sim. - sua mão firme me puxou pelo punho, empurrando-me para dentro da sala em sequência.
Sua mão segurou meu maxilar com força, me impedindo de falar. Eu podia notar a confiança em seu olhar, seguida de esperanças e oportunismo. Levei minha mão a sua, o fazendo soltar meu rosto rapidamente, de forma brusca.
-Se me tocar assim outra vez, te mando pro inferno, para que brinque de superioridade e dominação com o Diabo. - ameacei sair e ele me impediu.
-Eu esperava mais de você.
-Eu esperava não te encontrar nunca mais. - eu disse entre dentes assim que ele me empurrou contra a parede.
-Se eu fosse seu marido, colocaria veneno no seu café. - ele disse irritado.
-Se eu fosse sua esposa, beberia. - o confrontei. - Seria melhor morrer, ao conviver dia após dia ao seu lado.
-Aposto que não. - ele disse mais paciente. - Não sente falta do que tínhamos? De como éramos? Podemos ter uma nova chance, não foi atoa nos encontramos depois de tantos anos. - ele soltou meu maxilar.
NARRADOR:
-Quer que eu diga o que? - o olhou impaciente. - Nossa Henrique, que lindo! Eu sinto tanto sua falta, valta pra mim? Vamos casar e ter 50 crianças? E enquanto eu olho elas você pode foder com a minha melhor amiga outra vez. Seu idiota! - ela praticamente cuspiu as palavras no seu rosto.
-Eu não queria que fosse assim! - ele a prendeu ainda mais contra a parede.
-Não queria? - sorriu incrédula. - Todas elas escorregaram e caíram sentada no seu pau?!
-Seu humor está ácido. - ele contornou o assunto. - Ela não te come direito?! Sabe que pode me ligar, não sabe? Quando quiser. Basta chamar meu nome e eu irei até você.
-Não se contenta em me ver com outra pessoa? Era só ter pensado bem antes de sair fodendo por aí com todas minhas amigas.
-Podemos mudar isso, não sou mais aquele jovem idiota, Marília. Eu ainda amo você... - ele a encarou séria.
- Eu sugiro que dê um fim no seu sentimento. Eu não amo você. - o forçou retirar a mão do seu pescoço.
Henrique respirou fundo, fechando os olhos em seguida.
-Está irritada. Podemos conversar sobre isso em outro lugar, diz a ela que precisa sair e te encontro. - ele sugeriu mais calmo. - Onde quiser, basta me dizer e estarei lá. Somente eu e você...
-Marilia se manteve em silêncio.
-Ou vai está ocupada?
-Eu vou estar ocupada. - o respondeu sem desviar o olhar. - Quer saber o que vou fazer depois que sair daqui? - questionou e o homem assentiu em silêncio. - Vou levar ela pra almoçar, depois vamos pra casa e eu vou comer ela em todas as posições que você possa imaginar. Vou assistir ela dormir deitada em meu peito, enquanto posso olhar aquele maldito corpo perfeito e complemente meu.
-É sério isso? - ele questionou prendendo-a contra a parede outra vez.
-É mais que sério. - ela sorriu de canto. - Se achou que eu iria chegar aqui, correr pra você e dizer: "oi, meu bebê" está enganado. Eu a amo Henrique, e nem mesmo você ou qualquer outra pessoa no mundo mudará isso. Eu me sinto segura com ela, me sinto amada e confiante. Aqui... perto de você, eu só sinto nojo. - a loira finalizou o empurrando.
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LÁ MARFIA -MALILA
أدب الهواةLa Marfia é uma história fictícia onde uma loira acaba ficando sobre o poder da maior mafiosa da América latina. #Marilia #Maraisa #LGBT #Lesbica #Mafia #Amor