UM CAP FOFO CHEIO DE AMOR PRA VOCÊS... 🥰
. BOA LEITURA AMORES
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MARÍLIA-Tem certeza? - Maraísa questionou antes que eu levasse a última garfada a sua boca.
Bem ela tinha 28 anos e eu estava dando comida na boca, enquanto dividimos o alimento. Eu talvez estivesse sendo tudo que julguei uma completa idiotice a alguns anos atrás.
-Tenho. - respondi convicta. - Posso levar elas na consulta enquanto você fica na reunião.
As crianças teriam uma consulta com a pediatra, qual era a mesma desde a gestação. Finalmente estávamos entrando em uma vida estável e normal, longe de toda aquela adrenalina repentina, cheia de informações novas que eu ainda não conhecia. A vida de Maraísa era bem movimentada e eu vinha aprendendo bastante com isso, entretanto, era bom ter como problemas apenas situações rotineiras relacionadas a criação das nossas filhas.
-Ok... podem ligar pra médica da Luísa? - Anitta questionou apressada ao descer as escadas. - Ela está tendo contrações.
A loira já tinha o parto natural previsto pra esta semana, bem já esperávamos que isso acontecesse brevemente pois a criança também já estava em posição. Maraísa entrou em contato com a médica obstetra, responsável pela criança e pelo trabalho excepcional garantido por ela durante o momento do parto .
MAIARA
Foi indicado a nós que deixássemos uma banheira com água quente, por esse efeito da temperatura servir como um anestésico e atenuar as contrações. Diminuindo a necessidade de intervenção médica caso ocorresse algum imprevisto.
-Amor, está doendo muito. - a loira caminhou pelo quarto enquanto eu me mantinha dando suporte a ela.
Em um momento de desespero em diminuir sua dor, segui as indicações médicas sobre o tal "parto na água". Ajudei minha esposa entrar na enorme banheira com a temperatura em exatamente 37º graus, o suficiente para dar a ela um relaxamento muscular e diminuir a sensação dolorosa que todas aquelas contrações causavam. Ademais, isso seria ótimo para a Madi. Durante os nove meses em que estava sendo gerada, ficou dentro do útero imerso no líquido amniótico. Por isso, ao nascer na água, em temperatura ambiente semelhante ao do útero, podia sentir menos os efeitos externos, como luz e barulho, chegando ao mundo de forma mais natural e menos traumática.
Retirei o moletom que vestia e então me posicionei atrás dela, deixando que ela repousasse sobre meu corpo e descansasse a cabeça em meu peito. Luísa podia ter mais mobilidade para dar a luz como queria, e eu estaria ali, dando suporte a ela e facilitando isso.
-Consegue sentir melhorar? - questionei após alguns segundos, e ela apenas respondeu em baixo tom, que sim.
Nos deparamos com a presença de Maraísa que tinha o celular elevado ao ouvido, enquanto recebia instruções médicas.
-Ok, eu nunca vi isso. - a morena revelou. - E não é lindo como dizem. É terrível. - mencionou um pouco dispersa ao observar-nos.
-Cala a boca, sua idiota. - respondi rapidamente.
- Luísa, precisa se concentrar e contrair. - a morena repassava o que a médica falava. - Sua obstetra está a caminho, mas pode fazer isso sem intervenção médica.
-Eu estou com medo. - Luísa revelou baixo.
-Tivemos uma gestação saudável, e de baixo risco. - a tranquilizei. - Está tudo bem, podemos faz isso juntas.
Muitos pais tinham medo de que o recém nascido se afogasse, entretanto isso não acontecia. O fato era que nos primeiros segundos a criança ainda respirava através do cordão umbilical, qual era cortado após uns minutos que a mãe recebesse a criança no colo. Esse momento era muito importante para estabelecer vínculos das crianças com os pais.
Eu havia estudado muito sobre tudo isso, era nossa primeira filha e eu queria poder ajudar Luísa em tudo. Mesmo que estivesse nervosa com probabilidade de me tornar uma péssima mãe.
-Ela vai chegar em alguns minutos. De acordo com o GPS. - minha irmã informou.
Me mantive abraçada a Luísa enquanto ela aguentava as contrações por medo de fazer força. Tudo aquilo era demorado, e estávamos todos nervosos sem a presença de um médico ali.
MARAÍSA
Cerca de 10 minutos depois a obstetra adentrou nossa casa, e diretamente foi guiada por um segurança até o banheiro da suíte de Maiara. Encontrando minha irmã e a esposa já na banheira, enquanto eu observava aquilo ao lado de Anitta e Marília em completo desentendimento sobre como ajudar.
-Eu estou aqui e sua esposa também, tudo bem? - a obstetra questionou e Luisa assentiu um pouco amedrontada. - Preciso que faça força, não tenha medo.
Em meio a toda aquela dor, Luísa seguiu os passos ditados pela médica enquanto Maiara segurava sua mão e se mantinha dando apoio a ela. A obstetra atenta e responsável, manteve-se todo momento em observação quanto a saída da criança.
-Tudo bem respirar um pouco, mas precisa continuar. - insistiu quando Luísa aparentou estar sem forças. - Estamos quase lá.
Senti Marília segurar minha mão e dar uma leve pressionada assim que Luísa gritou em dor, colocando toda força que podia. A loira me abraçou por trás e descansou a cabeça em minhas costas, envolvendo minha cintura mantendo minhas mãos segurando as suas.
-Falta pouco... - minha irmã sorriu com os olhos marejados, prestes a dar início a um choro de felicidade e alívio.
Era impressionante a felicidade em seu olhar e sorriso angelical, eu não a via assim a um bom tempo.
(...)
Quando Luísa finalmente conseguiu, a obstetra retirou Madi da água, e entregou para a loira de uma maneira segura. Enquanto nós três permanecemos ali... bem, o banheiro era grande o suficiente para que ficássemos ali em completo estado estático.
Maiara tinha um sorriso esplêndido e único, qual eu nunca havia presenciado dentre todos estes anos, assim como Luísa. Eu as via felizes mais que nunca. Madi seria mais que bem vinda.
Sequencialmente o cordão umbilical foi cortado e como terceira fase do trabalho de parto, a placenta por fim foi retirada pelo canal vaginal. Aquilo foi uma dor imensa, e assistindo todo o processo, sumiu todas as pautas que me dessem o desejo de gestar uma criança. Mesmo que fosse lindo o sentimento de poder fazer isso.
-Podemos adotar, não é? - Marília questionou no meu ouvido em um sussurro. E eu sorri imediatamente, pelo seu comentário assustado com a dor de Luísa revelando sua vontade em não gestar, e o fato de querer ter mais filhos comigo.
-Podemos adotar quantos você quiser. - a respondi carinhosa e senti seu abraço um pouco mais forte.
Me perdendo no afeto de Marília, me deparei com o pedido inesperado das recentes mães. Que olharam para mim em um pedido que eu pegasse a criança.
-Você é minha irmã, quero que faça isso. - a ruiva pediu paciente e carinhosa.
-Eu não faço isso a anos. - respondi nervosa e a obstetra entregou-me a manta que aqueceria Madi, enquanto me observava com um sorriso confortante.
-É fácil. - a loira sussurrou desvencilhando-me do seu abraço. - Faz.
Me aproximei em passos lentos e então a mulher morena de olhos castanhos, formada em obstetrícia e considera a melhor no estado em que vivíamos, retirou a criança de Luísa e entregou a mim com um cuidado surpreendente. A criança foi embrulhada de maneira paciente e cuidadosa, enquanto em meus braços, pude analisar cada detalhe seu, revelando sua aparência com Luísa. Foi impossível não sorrir ao sentir aquele pequeno corpo dependendo do meu suporte, qual chorou momentaneamente ao ser afastada da mãe e sequencialmente levada aos meus braços.
Em movimentos lentos tentando transmitir segurança a ela, o choro se calou e a sensação de confiança que eu esperava, surgiu. Madi era realmente linda, não havia questionamentos quando a isso. Anitta ao meu lado esquerdo permanecia atenciosa assim como Marília ao meu direito, que repousava uma das mãos em minha cintura.
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LÁ MARFIA -MALILA
Fiksi PenggemarLa Marfia é uma história fictícia onde uma loira acaba ficando sobre o poder da maior mafiosa da América latina. #Marilia #Maraisa #LGBT #Lesbica #Mafia #Amor