Capítulo 95

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Isabelly olhava o celular entediada, o movimento na biblioteca estava bem ameno e ela não tinha muito o que fazer

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Isabelly olhava o celular entediada, o movimento na biblioteca estava bem ameno e ela não tinha muito o que fazer. Escutou o sininho da porta olhando a mesma.

— Olá, senhorita.

O homem falou para si, ela o olhou avaliaria, ele era alto, branco, os cabelos eram em um loiro claro longo, presos em um meio rabo de cavalo, ele trajava uma calça jeans escura, uma camiseta branca e um sobretudo longo e bege, seus olhos eram em um violeta intenso, arqueou a sobrancelha, ele não parecia humano.

— Olá senhor, como posso te ajudar hoje? — Perguntou cordialmente e ele sorriu.

— Meu nome é Aaron, jovem Isabelly, fico satisfeito em finalmente conhecê-la.

— Me conhecer? — Disse confusa.

— Digamos que você é famosa em meu reino.

— Famosa? Seu reino?

Isabelly ficava cada vez mais confusa, o olhando estranho.

— Bom, como eu lhe disse, me chamo Aaron, e eu sou o paladino dos reinos do céu.

Ela entreabriu os olhos, espantada, como assim o paladino estava ali?

— Você é o paladino?

— Sim, senhorita.

— E o que você faz aqui? Melhor, você pode ficar andando tranquilamente na terra assim?

— Não exatamente…

— Sabe, Aaron, eu aprecio muito clareza e você não está sendo nesse momento, então poderia me explicar especificamente o que o trás aqui? Porque deduzo que não foi só pra olhar pra minha cara.

Aaron deu um pequeno sorriso, arqueando uma sobrancelha. Ela claramente tinha uma língua afiada, e o olhava em desconfiança.

— Eu vim conversar com você, jovem Isabelly…

— Conversar comigo?

— Mais especificamente te contar algo de suma importância.

— Pois então conte.

— Bom, normalmente eu não deveria e não poderia falar de tal assunto, mas acredito que você deva saber.

Isabelly suspirou incomodada, realmente não era fã de enrolação, a deixava ansiosa e isso a irritava muito.

— Então…?

— Seu irmão sumiu a alguns anos, certo?

Ela semicerrou os olhos, avaliativa.

— Sim.

— Desculpe-me a pergunta indelicada, mas imagino que saiba que ele está morto, certo?

A jovem mordeu o lábio incomodada, ela imaginava sim que aquilo havia ocorrido, mesmo que todo dia tentasse negar o ocorrido. Onde ele queria chegar com esse assunto?

— Sim…

— Você tem ideia de como isso ocorreu, quem o fez?

Isabelly maneou a cabeça negativamente o olhando confusa. Ela não sabia como nem quem fez, nem mesmo a polícia descobriu.

— Não, não sei.

— Bom, senhorita… Se você pensar um pouco, conseguirá a resposta facilmente. — Afirma se aproximando, a encarando com aquelas íris violetas que apesar de belas tinham um brilho tão cruel quanto as de Maxwell, aquele homem era estranho.

— Está me chamando de burra, Aaron? — Questionou sem desviar o olhar.

— Jamais Isabelly.

— Então seja mais direto, por favor.

— Foi o Maxwell, jovem Isabelly. — Disse sem cerimônias.

— E o que me levaria a crer em você?

— Sou um anjo, fui escolhido para proteger as pessoas, não enganar, não teria o porquê de mentir para você, já ele...

— Um anjo até Lúcifer era, desculpe-me Aaron, mas conhecendo o Max, quem me garante que você não é só mais um qualquer que gosta de julgar?

— Eu não teria o porque de mentir sobre tal coisa, e como disse você o conhece, deduzo que saiba que ela já fez coisas hediondas e essa é uma delas.

— Não...

Isabelly mordeu o lábio, aquilo só poderia ser alguma piada de mal gosto .

— Você só pode estar brincando.

— Brincadeiras não são o meu forte senhorita, novamente eu não teria o porque de mentir, inclusive seu irmão o odeia.

— Como você sabe que meu irmão o odeia?

— Na minha atual posição eu sei de muitas coisas.

Ela balançou a cabeça negativamente, não querendo acreditar.

— Não...

Seu coração acelerava de forma sufocante, sentia o chão cedendo abaixo de seus pés, aquilo não poderia ser verdade.

—  Sinto muito, mas é a verdade, Isabelly.

—  Por quê está me contando isso?

— Eu achei que você deveria saber, no entanto aqueles que têm contato consigo não te contam, então eu decidi fazer, mesmo que vá contra nossos propósitos.

— Não, não, não…

Isabelly olhou as mãos trêmulas, a respiração ficando irregular.

— Me fala que é mentira, por favor…

— Sinto muito, senhorita.

Isabelly piscou, nervosa, as lágrimas fugindo automaticamente.

— Me deixe sozinha... — Pediu em um fio de voz, sem conseguir olhar o homem à sua frente.

— Se é o que deseja.

— Por favor...

— Certo, foi um prazer conhecê-la, Isabelly.

Ela suspirou, definitivamente não poderia dizer o mesmo. Aaron saiu, a deixando sozinha. Levou as mãos ao rosto não mais conseguindo controlar o choro.

Sentia uma dor intensa, não queria acreditar naquilo, mas quanto mais pensava, mais a possibilidade se tornava real. Chorou alto, como uma criança, não queria acreditar naquilo.

Saiu de trás do balcão caminhando até a porta, a trancando, em seguida rumou até o sofá que havia ali, deitou no mesmo e se encolheu, chorando de maneira que não fazia a dias.

Aquilo não poderia ser verdade, não poderia acreditar que ele havia matado seu irmão, era doloroso demais. Como ele pode? Pensou, como ele pode estar consigo todo esse tempo e não lhe contar? Mentir olhando em seus olhos.

Não parecia real, sentia-se em um pesadelo horrível.

Esse tá curtinho, apenas para preparar o coração para o próximo...

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⏰ Última atualização: Jul 22 ⏰

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Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora