O que você faria se seus pais fossem distantes de si e seu irmão, a pessoa que mais amava, sumisse ou morresse? Era assim que Isabelly se encontrava, sozinha e abalada. O que pouco a pouco a fez cair em uma depressão profunda, envolvendo-se em um mu...
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Piscou atônita tentando se lembrar de onde estava, aparentemente dormiu na casa da árvore. Remexeu-se sentindo um aperto na cintura, era Maxwell.
Podia sentir a respiração lenta dele em sua cabeça, parecia realmente dormir o que para si era uma novidade. Se moveu devagar, fazendo o possível para não o acordar e então estava frente a frente com o mesmo.
Observou atentamente sua face, o rosto sereno, parecia dormir tranquilamente. Elevou a mão com cautela fazendo um carinho suave em sua bochecha e então subiu até o início da grande cicatriz que visivelmente ele repudiava, deu um pequeno sorriso, era assustador o quanto ela o achava atraente, mesmo agora, podendo ver os chifres que provavelmente perfurariam sua pele sem esforço nenhum.
Suspirou, ela o amava… Piscou em choque, ela o amava? Olhou o rosto tranquilo, caralho! Ela realmente o amava, a sensação era assustadora, sentiu vontade de chorar, mas não sabia exatamente o motivo.
Deu um pequeno sorriso voltando a acariciar a bochecha pálida e fria, não sabia como tinha chegado a isso.
— Seu coração está bem acelerado, são pensamentos pecaminosos ou a apreciação a minha estranheza? — Escutou a voz baixa e rouca direcionada a si e então parou o carinho.
— Bom dia… — Sussurrou envergonhada e ele abriu os olhos.
Quase ficou sem ar com aqueles olhos azuis tão focados em si.
— Você não respondeu minha pergunta ruivinha… — Disse a puxando mais para si, apertando mais o braço em volta da sua cintura.
— Eu só estava… Bem… Eu não estava pensando coisas indecentes!
— Seu coração diz o contrário… — Ele disse fechando os olhos novamente, sonolento.
— Eu acordei você?
— Não, não costumo dormir.
— Mas estava. — Afirma passando o polegar automaticamente em seus lábios e ele novamente abre os olhos, a encarando. — Você dorme bonitinho…— Sussurra subindo o carinho pra bochecha.
— Você é louca.
— Já ouvi muito isso.— Afirma e sorri.
— Você está com fome?
— O que?
— Estou perguntando se você está com fome. — Afirma a soltando e sentando-se na cama, a olhou quando ouviu um risinho baixo. — O que foi?
— Seu cabelo tá todo amassado. — O dela provavelmente não estava muito diferente, mas era engraçado ver os longos fios pretos desalinhados.
Maxwell piscou tombando a cabeça para o lado.
— Você é inexplicável… — Alega passando a mão nos fios de maneira desajeitada e ela sorri mais ainda. — Não estou achando graça.
— Desculpa. — Afirma contendo o riso — Me arruma uma escova e eu resolvo isso.
