Capítulo 23

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Sentiu uma brisa fresca bater em sua face, abriu os olhos observando a paisagem incrível a sua frente, sorriu dando uma breve olhada no local

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Sentiu uma brisa fresca bater em sua face, abriu os olhos observando a paisagem incrível a sua frente, sorriu dando uma breve olhada no local. Dessa vez se encontrava na placa de Hollywood.

— Ultimamente eu tenho "viajado" mais do que em toda a minha vida.

— Hum.

Olhou Maxwell, arqueou uma sobrancelha, ele estava pálido e não tinha uma expressão muito boa.

— Você está bem?

— Sim.

— Não me parece.

Não obteve resposta, o observou apoiar a cabeça na placa e fechar os olhos, parecia conter uma careta de dor. Seguiu o observando, realmente não parecia bem.

— Você está com uma cara péssima.

— Eu estou com a mesma cara de sempre.

— E mais calado também.

— Isabelly, eu sempre sou calado.

Maneou a cabeça, nisso ele estava certo, não era como se ele fosse a pessoa mais comunicativa dentre os dois.

— Sim, mas ainda assim você sempre tem alguns comentários minuciosos sobre os novos locais e até agora você não falou nada.

— Você não está falando nada do local, só de mim, não há o que falar.

— Porque você está mais pálido que o normal e o seu pálido já não é normal, então dá pra ter uma noção do que estou dizendo né.

Maxwell a olhou, visivelmente irritado, Isabelly notou que o azul de seus olhos pareciam opacos. Ficou espantada, ele realmente não estava nada bem.

Se aproximou instintivamente, o tocando no rosto.

— Me diga o que é.

— Não é nada Isabelly.

A encarou, observando a face curiosa e preocupada o avaliando atentamente, procurando o mínimo problema que fosse, quis sorrir, era o olhar de uma médica.

Fechou os olhos, colando sua testa junto a dela e respirou fundo, aquela maldita dor parecia infinita e maior a cada segundo.

— Me conta o que foi... — Ela sussurra ainda lhe acariciando a face.

— Não tenho o que contar.

— Mas você não está bem.

— E quem é que está sempre 100% bem?

— Ninguém...?

— Exatamente.

— Você está fugindo do assunto — Se afasta o olhando nos olhos, com uma breve careta.

— Estou dando para si uma resposta realista.

— Não significa que você não esteja fugindo do assunto.

— Não querer responder e fugir é bem diferente.

— Ah! Então você simplesmente não quer me responder?

Maxwell da de ombros.

— Sabia que com isso você acaba de confirmar que não está bem, porém não quer me dizer o motivo?

— Porque você é sempre tão tagarela?

— Não sei... Gosto de falar, porque você é sempre tão misterioso?

— Não sou misterioso.

— Você é sim.

— Nós não vamos entrar nessa discussão de sim ou não.

— É chato também, tá vendo.

— Você que está falando, não eu.

— Não dá pra ficar calada com você do meu lado.

— Isabelly... — Respirou fundo, gostava da companhia e da voz da garota, mas dessa vez a tagarelice estava o irritando mais do que o normal, só queria um lugar no qual se sentisse tranquilo.

Isabelly o olhou, estava realmente preocupada, calou-se, voltando a acariciar a face gelada. Se aproximou mais, sentando em seu colo, o viu fazer uma careta de dor e a olhar espantado, sorriu vergonhosa, sentindo suas bochechas esquentarem.

— Não me olha assim!

— Assim como?

— Assim! — Comenta exasperada fazendo um breve movimento com a mão, como se espantasse algo.

Maxwell sorri, levando ambas as mãos até a cintura da mesma, a puxando mais para si, deixando seus corpos mais colados do que já estavam.

— M-Max...!

— Você começou.

Ele estava certo, ela havia começado. Sorriu marota, encostando a testa a dele.

— Eu queria que isso fosse real...

— Isabelly... — Elevou a mão a nuca, a puxando para um beijo.

A beijou com calma acariciando seu cabelo, queria não sair dali, queria poder contar tudo pra ela. Apertou-lhe a cintura, não queria se afastar, não queria a soltar. Talvez Diego estivesse certo no fim das contas, como sempre...

Sentiu novamente aquele puxão que agora ele já sabia o que era e então estava sentado em sua poltrona outra vez.

— Porra!

Precisava resolver isso o mais breve possível, mas no momento não tinha capacidade o suficiente para o ato.

Levantou-se irritado sentindo a dor aguda no abdômen se intensificar a cada movimento, pretendia tomar algo forte para se acalmar. Respirou fundo ao dar um passo e a dor piorar mais ainda.

Elevou a camiseta olhando a ferida com aparência pútrida, sua pele parecia se decompor, o cheiro de enxofre e podre chegava a incomodar a si próprio.

Colocou a mão na ferida, aquela ferida de merda não estava melhorando. Deu um novo passo e sentiu aquela dor lhe roubar o ar. Olhou a frente, sua visão estava turva, caminhou novamente e a tontura o abateu.

O ar estava lhe sumindo o peito cada vez mais, o local parecia rodar, tentou dar mais um passo inutilmente, sua perna e corpo estavam fracos. Sentiu o resto de consciência esvair-se de seu corpo, observou uma última vez o cômodo enquanto se chocava com o chão, inerte.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora