Respirou fundo pela enésima vez e se aproximou de Diego que estava no topo de um prédio fazendo sua patrulha diária, trajava sua armadura composta pela grande espada dourada e estava sério.
— O que foi? — Ele questionou o encarando com aqueles olhos verdes inquisidores.
Levou um tempo até falar, odiava pedir as coisas, mas precisava.
— Quero que tire o selamento.
— Maxwell...
— Diego, por favor.
— Eu não posso fazer isso.
— Você pode fazer muitas coisas Diego, não minta pra mim.
— Mas isso não posso, não é assim.
— Eu preciso que você faça, por ela, eu preciso curar ela.
— Seu dom principal não é de cura Maxwell.
— Eu trouxe um humano à vida, acha que curar ela seria um problema?
— Você sabe que sempre tem consequências, para quem você faz e pra você.
— Foda-se isso! Eu não posso deixar ela naquele estado Diego, ela já se perdeu uma vez por minha culpa, não posso deixar isso se repetir.
— Max...
— Ela é jovem, cheia de sonhos e vontades patéticas, não posso deixar isso tudo se perder, não posso deixar a garota que eu... Eu. — Respirou fundo olhando a frente — Não posso deixar isso assim...
— Eu entendo e concordo com você, Maxwell, mas não posso, não consigo. O selamento exige um poder absurdo.
— Que você tem porra! Você é o arcanjo mais forte que conheço.
— Mas não tenho o suficiente pra isso, nunca fiz sozinho, mesmo quando você era mais novo, pode não se lembrar, mas sempre tive ajuda.
Maxwell passou a mão no rosto exasperado.
— Então cure ela, por favor.
— Maxwell eu não consigo.
— Pro inferno! Quantas desculpas vocês conseguem dar?
— Minha especialidade não é cura! Sou um anjo de guerra Maxwell, um mero soldado, mal consegui curar você, o mínimo que consigo são coisas simples, o caso dela é complexo, no máximo eu diminuiria dores ou algo do tipo, não conseguiria curar ela completamente.
Maxwell balançou a cabeça positivamente e riu amargurado.
— Vocês são ridículos... Se intitulam anjos, mas nunca ajudam quem realmente precisa.
— Você sabe que isso não é verdade...
— A é, definitivamente é.
— Maxwell...
— Não, tudo bem, já entendi que não importa o quanto eu implore, vocês darão mais e mais desculpas.
— Não são desculpas...
— Claro que não... — Novamente ele riu e suspirou. — Mas quero deixar claro, que eu tentei fazer o certo dessa vez, então quando eu estiver fazendo algo hediondo por aí, não percam o tempo vindo tentar me domar com palavras patéticas.
— O que você vai fazer?
— Não é da sua conta. — Afirma sumindo do local.
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Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)
FantasiaO que você faria se seus pais fossem distantes de si e seu irmão, a pessoa que mais amava, sumisse ou morresse? Era assim que Isabelly se encontrava, sozinha e abalada. O que pouco a pouco a fez cair em uma depressão profunda, envolvendo-se em um mu...