Capítulo 66

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Respirou fundo pela enésima vez e se aproximou de Diego que estava no topo de um prédio fazendo sua patrulha diária, trajava sua armadura composta pela grande espada dourada e estava sério

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Respirou fundo pela enésima vez e se aproximou de Diego que estava no topo de um prédio fazendo sua patrulha diária, trajava sua armadura composta pela grande espada dourada e estava sério.

— O que foi? — Ele questionou o encarando com aqueles olhos verdes inquisidores.

Levou um tempo até falar, odiava pedir as coisas, mas precisava.

— Quero que tire o selamento.

— Maxwell...

— Diego, por favor.

— Eu não posso fazer isso.

— Você pode fazer muitas coisas Diego, não minta pra mim.

— Mas isso não posso, não é assim.

— Eu preciso que você faça, por ela, eu preciso curar ela.

— Seu dom principal não é de cura Maxwell.

— Eu trouxe um humano à vida, acha que curar ela seria um problema?

— Você sabe que sempre tem consequências, para quem você faz e pra você.

— Foda-se isso! Eu não posso deixar ela naquele estado Diego, ela já se perdeu uma vez por minha culpa, não posso deixar isso se repetir.

— Max...

— Ela é jovem, cheia de sonhos e vontades patéticas, não posso deixar isso tudo se perder, não posso deixar a garota que eu... Eu. — Respirou fundo olhando a frente — Não posso deixar isso assim...

— Eu entendo e concordo com você, Maxwell, mas não posso, não consigo. O selamento exige um poder absurdo.

— Que você tem porra! Você é o arcanjo mais forte que conheço.

— Mas não tenho o suficiente pra isso, nunca fiz sozinho, mesmo quando você era mais novo, pode não se lembrar, mas sempre tive ajuda.

Maxwell passou a mão no rosto exasperado.

— Então cure ela, por favor.

— Maxwell eu não consigo.

— Pro inferno! Quantas desculpas vocês conseguem dar?

— Minha especialidade não é cura! Sou um anjo de guerra Maxwell, um mero soldado, mal consegui curar você, o mínimo que consigo são coisas simples, o caso dela é complexo, no máximo eu diminuiria dores ou algo do tipo, não conseguiria curar ela completamente.

Maxwell balançou a cabeça positivamente e riu amargurado.

— Vocês são ridículos... Se intitulam anjos, mas nunca ajudam quem realmente precisa.

— Você sabe que isso não é verdade...

— A é, definitivamente é.

— Maxwell...

— Não, tudo bem, já entendi que não importa o quanto eu implore, vocês darão mais e mais desculpas.

— Não são desculpas...

— Claro que não... — Novamente ele riu e suspirou. — Mas quero deixar claro, que eu tentei fazer o certo dessa vez, então quando eu estiver fazendo algo hediondo por aí, não percam o tempo vindo tentar me domar com palavras patéticas.

— O que você vai fazer?

— Não é da sua conta. — Afirma sumindo do local.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora