Capítulo 08

298 69 506
                                    

Sentiu um vento gelado que fez seu corpo arrepiar-se todo, a onde se encontrava estava totalmente escuro, não conseguia ver direito, não sabia se andava ou permanecia no mesmo lugar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sentiu um vento gelado que fez seu corpo arrepiar-se todo, a onde se encontrava estava totalmente escuro, não conseguia ver direito, não sabia se andava ou permanecia no mesmo lugar. Deu um passo cauteloso, temendo o que poderia ter a sua frente, respirou fundo, a onde estava?

Continuou andando lentamente até trombar em algo, seu coração quase "parou" pelo susto, ficou imóvel e então o lugar começou a pegar certa claridade, não o suficiente para ver tudo amplamente, mas conseguia ter uma noção de como era. Estava em um tipo de galpão abandonado, com máquinas que tinham um ar assustador e muitas correntes, tinha também um cheiro de ferrugem que irritava seu nariz.

Voltou a andar de vagar, queria sair dali, não se sentia bem. Caminhou até frustrar-se, parecia um labirinto sem fim, não via nada além de máquinas e mais máquinas, ouviu um barulho de passos e pôs se em alerta, foi na direção que o som vinha, mesmo que seu subconsciente gritasse um "não" de forma histérica.

Olhou em um canto, a onde havia um homem de costas, sua roupa era estranha, de um lado, era um terno e do outro um tipo de sobretudo, se aproximou, seu peito doía, parou atrás do ser a sua frente, levantou as mãos trémulas e deu um toque cauteloso em seu ombro e então ele virou-se.

Sua respiração falhou, e seu corpo inteiro tremeu em medo, o homem tinha duas faces, uma era límpida e bonita, um belo olho azul, um rosto "perfeito", já o outro tinha um ar tenebroso, cabelo exageradamente bagunçado e um enorme chifre preto, a boca parecia grande, com dentes pontudos e amarelados, assim como seus olhos que eram de um amarelo intenso, quase sem pupila e um sorriso agonizante.

Os dois lados a encararam sorrindo, queria gritar em desespero.

— O que foi, querida? — Ouviu as vozes, como pode? Uma era tão suave, terna e a outra fazia com que sentisse vontade de chorar e gritar por socorro. Aquilo era loucura.

Deu um passo para trás balançando a cabeça em negação.

— Ora, porque está fugindo?

— O que é você...?

— Eu? Ah minha donzela, isso não importa. — Ele aproximou a mão que tinha garras pontudas e pretas, e ela novamente deu um passo para trás, fazendo ambos os lados arquearem as sobrancelhas.

— Fica longe de mim...

— Não precisar temer querida, não farei nada contra você.

Ela o olhou receosa, não sentia confiança vinda das palavras, ele deu um passo em sua direção e ela recuou.

— Fica longe!

O ser a ignorou e seguiu avançando em sua direção, então Isabelly se virou, correndo entre as maquinas e correntes, que começaram a mover-se inesperadamente, o som das maquinas pareciam monstros urrando em sua direção, aquilo era surreal demais.

Puxou ar com força correndo mais rápido, enquanto a coisa caminhava tranquila atrás de si.

— Porque vocês sempre fazem isso? Correm como se fosse adiantar de algo?

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora