Capítulo 71

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Os olhou levemente incomodada, seus pais a olhavam atentamente aguardando a resposta final do médico que diria se ela poderia ter alta ou não, de certo modo estava feliz por ir pra casa, desde que acordou novamente estava a duas semanas no hospita...

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Os olhou levemente incomodada, seus pais a olhavam atentamente aguardando a resposta final do médico que diria se ela poderia ter alta ou não, de certo modo estava feliz por ir pra casa, desde que acordou novamente estava a duas semanas no hospital, mas ironicamente havia gostado de cada momento na fisioterapia que havia passado com Maxwell.

— Vocês podem parar de me encarar?

— Não estamos encarando, estamos olhando, não podemos olhar nossa filha? — Questionou sua mãe séria, de braços cruzados.

Assim como si sua mãe possuía cabelos ondulados e ruivos, porém ao contrário dos seus que recentemente batiam em seu quadril o de sua mãe se encontrava em um Chanel com as ondas perfeitamente arrumadas e um brilho surreal, os olhos cinzas também eram característica de sua mãe, que fazia questão de marcá-los com uma maquiagem bem feita. Yasmin era uma bela mulher.

— Encarar é diferente de olhar e não é pra tanto.

— Como não é pra tanto querida? Você sofreu um acidente absurdamente grave, ficou semanas desacordada, ficamos preocupados. — Explicou seu pai a olhando de maneira terna.

Seu pai era alto e moreno, os cabelos eram castanho claros beirando ao loiro, e seus olhos eram verdes escuros, assim como seu irmão... Seus pais pareciam casal de filme, lindos, bem arrumados, elegantes, sempre com bom modos, chegava a ser irritante

Revirou os olhos entediada.

— Foi só um acidente.

— Que quase te fez ficar em uma cadeira de rodas Isabelly, poderia ao menos aceitar nossa preocupação? — Questionou sua mãe aparentemente incomodada.

— Difícil, quando ela vem quase que uma vez por ano.

— Isabelly... — Seu pai lhe repreendeu, sério.

— Eu estou mentindo? Estamos quase no fim do ano, e quantas vezes vocês me viram esse ano.

Sua mãe suspirou, cansada e ambos ficaram em silêncio.

— Está tudo okay doutor? Já posso ir embora? — Questionou tentando ignorar a presença dos pais, deveria estar feliz, queria estar, mas não conseguia.

— Sim senhorita Collins, seus sinais vitais estão ótimos, seu pulmão está em perfeito estado assim como suas lesões, a senhorita já pode ir pra casa.

— Obrigado.

— Irei fazer o papel de sua liberação, pode levar uns minutinhos ainda, mas enquanto isso você pode se trocar caso queira.

— Okay.

— Seu namorado não virá hoje?

— Ele não é meu namorado... — Disse evitando o olhar do médico.

Todos ali provavelmente achavam isso, levando em conta que Maxwell não saiu de perto de si um dia sequer durante sua recuperação, fisioterapia e até mesmo quando nem deveria estar ali, quase sempre arrumava briga com algum dos médicos ou enfermeiras por não poder ficar no quarto fora o horário de visita, mas claro que isso não o impedia.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora