O que você faria se seus pais fossem distantes de si e seu irmão, a pessoa que mais amava, sumisse ou morresse? Era assim que Isabelly se encontrava, sozinha e abalada. O que pouco a pouco a fez cair em uma depressão profunda, envolvendo-se em um mu...
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Suspirou entrando em casa, subiu para o quarto tomando um banho rápido e trocando de bolsa.
— Vamos trabalhar com a mamãe Ravena? — Perguntou para a gatinha preta pegando sua bolsinha de viagem a chamando, sempre a levava consigo, como o ambiente era calmo e as portas sempre estavam fechadas, não via problema.
O animal miou para si e entrou na bolsinha azul pastel, em seguida Isabelly pegou sua bolsa e desceu. Sentiu o agradável cheiro de comida e caminhou até a cozinha encontrando Judite.
— Boa tarde Ju.
— Olá, minha querida, o almoço já está pronto.
— Não estou com fome hoje. — Afirmou, mesmo que o cheiro fosse realmente muito bom, estava sem apetite nenhum.
— Vai trabalhar sem comer?
— Compro um lanche se der fome. Obrigado. — Disse lhe dando um beijo na testa. — Onde eles estão? — Questiona se referindo aos seus pais
— Seu pai no escritório, sua mãe tá nos fundos, na academia. — Isabelly balançou a cabeça positivamente, mal se lembrava que tinha uma pequena academia no fundo de sua casa. — Vai falar com eles?
— Nem ferrando.
— Isa.
— Não, não.
O fato é que desde o dia anterior tava tudo muito estranho, seus pais mal direcionavam o olhar para si e sinceramente ela não sabia o que falar e nem queria, então evitou eles no café da manhã e faria agora também.
— Vocês não podem ficar assim, querida.
— Eu não fiz nada demais Ju… Eu preciso ir okay, vou ter que ir andando já que estou sem carro, se cuide. — Disse dando outro beijo em sua testa e saiu cozinha a fora.
— Tudo bem querida, tome cuidado, qualquer coisa ligue.
— Pode deixar. — Disse saindo porta a fora.
Andou minutos que ela sinceramente considerou quase infinitos até que chegou à biblioteca, mas agradeceu pelo tempo estar meio frio.
Entrou encontrando Wendy que lhe sorriu amigavelmente.
— Isa! — Disse animada a arrancando um pequeno sorriso. — Como foi o domingo, como você tá?
— Estou bem, eu acho… Foi meio caótico.
— Porque caótico? — Questiona a olhando atentamente.
— Meus pais estão em casa, e eles conseguem deixar tudo caótico.
— Seus pais, ou sua mãe?
Isabelly a olhou, já havia contado de sua mãe para o Wendy, suspirou.
— Minha mãe… A gente brigou de novo.
— Porque?
— Tudo começou no jantar desagradável em um maldito restaurante francês no qual fui obrigada a ir, não sei, ela parece gostar de jogar na minha cara que eu sou uma fracassada.
